Newey assume que Red Bull teme por RB20 “muito conservador”: “3ª evolução de 2022”

Adrian Newey, projetista da Red Bull, explicou que a equipe só saberá se adotou a linha de desenvolvimento correta para o RB20 quando todos os carros forem à pista

Após um ano histórico em que perdeu apenas uma das 22 corridas realizadas, a Red Bull chega em 2024 como equipe a ser batida na Fórmula 1, mas o franco favoritismo não oculta questões naturais quanto ao desenvolvimento do carro, na visão de Adrian Newey. O projetista explicou que o modelo que estará nas pistas a partir de fevereiro é “uma terceira evolução do de 2022”, mas o dilema é decidir se a linha atual deve ser mantida ou chegou a hora de buscar novas soluções.

A Red Bull foi a equipe que melhor entendeu a mudança de regulamento que a F1 sofreu na temporada 2022, que teve como principal ponto a volta do efeito-solo. Enquanto rivais diretas como a Mercedes sofriam com o porpoising, a base em Milton Keynes conseguiu solucionar o fenômeno aerodinâmico ainda na pré-temporada e seguiu uma linha de evolução que a levou direto ao topo da categoria com folga.

Em 2023, o domínio foi ainda mais impressionante, quebrando o recorde histórico de vitórias em sequência estabelecido pela McLaren em 1988, com Ayrton Senna e Alain Prost. Ao todo, foram 860 pontos no Mundial de Construtores, mais que o dobro da segunda colocada, a Mercedes (409).

É natural, portanto, que tal desempenho faça da Red Bull a favorita para o novo ano, mas a estabilidade do regulamento também indica que há uma lacuna de desenvolvimento a ser preenchida pelas adversárias, e a McLaren foi a que mais comprovou essa teoria na prática. É por isso que Newey acredita que os taurinos se veem atualmente perante a um dilema.

Adrian Newey falou sobre a linha de evolução adotada para o RB20 (Foto: Red Bull Content Pool)

“É uma terceira evolução do carro de 2022”, disse o projetista ao podcast Talking Bull ao comentar sobre o RB20, que será revelado ao mundo em 15 de fevereiro. “O carro do ano passado foi uma evolução do carro de 2022, com os principais pontos sendo normalmente desenvolvidos no inverno em termos de aerodinâmica, o entendimento sobre o que precisamos fazer com a suspensão para tentar melhorar o carro”, salientou.

“Nunca chegamos a atingir o limite de peso em 2022, e o carro deste ano é a terceira evolução do RB18 original. Agora, o que não sabemos é se essa terceira evolução será muito conservadora, enquanto os outros escolheram fazer algo diferente. Simplesmente não sabemos”, acrescentou.

A Ferrari, por exemplo, já avisou que vai mexer em “95% do carro”, por mais que rejeite o rótulo de “revolucionário”. A Mercedes também confirmou mudanças “em quase todos os componentes” do W15 para enfim desafiar a Red Bull de igual para igual.

“É difícil, e há aquela questão, será que devemos ir atrás de ideias mais avançadas ou continuamos a desenvolver o caminho que seguimos? Os nossos recursos são limitados, por isso não podemos fazer tudo, não podemos analisar todos os caminhos, então adotamos a abordagem de desenvolver o que temos e esperamos que seja a decisão prudente e correta”, concluiu Newey.

Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.

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