Albon embala de vez, muda Williams de patamar e põe emprego de Sargeant em xeque

Alexander Albon é um dos grandes nomes da capenga F1 2023. Ao mesmo tempo em que ajuda a Williams em uma inglória disputa de fundo do grid, o tailandês também acaba expondo as fragilidades de seus companheiros de equipe. Foi assim com Nicholas Latifi, em 2022, vem sendo ainda pior neste ano, diante do novato Logan Sargeant.

Comecemos com a notícia boa, pois, que obviamente é Albon. Alex dá todos os sinais de estar muito grande para o que hoje é a realidade da Williams. Por exemplo: os rumores de que a Ferrari estaria atrás dele fazem mais sentido do que a permanência do tailandês em Grove por muito tempo.

Para 2024, com o mercado sem muitas opções interessantes, tudo certo, Albon segue na Williams, tem contrato, sem problemas. Agora, para 2025 e além, ou a Williams cresce a ponto de ser uma força real na ‘F1 B’, ou é melhor já começar a se despedir de seu ótimo piloto.

Aos 27 anos, Alex conseguiu reinventar-se depois do sucesso e fracasso tão rápidos no mundo Red Bull. O tailandês, puxado pelos austríacos para a F1 após brilhar na F3 e na F2, impressionou na então Toro Rosso, logo pegou a vaga de um cambaleante Pierre Gasly na Red Bull e por lá ficou não mais que 1 ano e meio.

Chutado do grid com dois pódios na bagagem e certa decepção, sofreu para se adaptar ao DTM, mas, ainda assim, acabou pescado de volta pela Williams em 2022. No ano passado, foi muito bem com um carro absolutamente horroroso e fez o time reparar que não tinha mais como ficar com Latifi.

Agora, em 2023, sob a batuta de James Vowles, a evolução dos azuis é indiscutível e a Williams, pelo menos, lidera a ‘F1 C’ imaginária com sobras. E ultimamente tem ritmo próximo aos que apresentam recentemente Alpine e Aston Martin, viu? É o sonho de ser um time de ponta na ‘F1 B’ ao menos ganhando alguma forma.

E isso implica no ‘efeito-Latifi’ que pode estar acontecendo de novo. Tudo bem que Sargeant é novato e isso nunca deve sair de consideração. Aliás, deixando claro que aqui ninguém gosta de ver um piloto fritado em seu primeiro ano. Mas a F1 também é negócio e, acima de tudo, um esporte de alta performance. E você precisa ter performances fortes desde sempre.

Fato é que Albon atropela Sargeant desde o começo do ano, tem 14×0 em classificações, 12×1 em corridas. Mas, uma coisa é passar por cima com 11×0. Outra, ainda pior, é meter um 21×0 em pontos. Então, em duas corridas, sim, o cenário piorou drasticamente para o garoto norte-americano.

Há aí também uma contribuição terrível de Logan na equação desde que as férias da F1 acabaram. Pressionado para tentar a renovação, o novato se afobou, empilhou mais erros e deixou duas enormes chances de pontos escaparem na Holanda e na Itália com erros, acidentes, punições. Prejuízo técnico, esportivo e financeiro para a ainda combalida Williams.

“Minha temporada tem sido de altos e baixos, não estou onde queria. Porém, sinto que nas últimas provas estive muito mais próximo [do ideal]. Tive uma progressão muito boa recentemente, e isso é o mais importante”, afirmou o piloto do carro #2 antes das férias. E era verdade, a evolução rolava e a Williams até parecia inclinada a renovar, até por ser novato.

Agora, porém, o cenário ficou mais nebuloso. O papo para a renovação deu uma esfriada perigosa e, por mais que Sargeant ainda seja um tanto favorito à vaga pela falta de concorrentes mais claros no radar, o risco aumentou. A performance caiu, os erros aumentaram, bem como a distância para Albon. Não se assustem se Albon derrubar mais um companheiro.

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