Alpine nega ter escolhido Gasly por ser francês: “Até se fosse de Bangladesh”

Na visão do CEO da Alpine, Laurent Rossi, o crescente apoio da torcida francesa à marca tem muito mais a ver com a boa performance em 2022 do que com a contratação de outro piloto francês, Pierre Gasly

Dentre todas as equipes do grid atual da Fórmula 1, a francesa Alpine é a única que possui uma peculiaridade: ser representada por uma dupla de pilotos também oriunda da França, e isso só aconteceu graças à contratação de Pierre Gasly, antes piloto da AlphaTauri. Mas a equipe deixou claro que a chegada do #10 nada teve a ver com a nacionalidade.

Ao podcast Beyond the Grid, o CEO da Alpine, Laurent Rossi, comentou a crescente popularidade do time entre os próprios franceses e celebrou o apoio da torcida. No entanto, o dirigente atribui o fato ao progresso que a Alpine apresentou no ano passado, após terminar o campeonato apenas atrás de Red Bull, Ferrari e Mercedes.

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Pierre Gasly pontuou já na primeira corrida com a Alpine (Foto: Alpine)

“Sem dúvida, notei uma mudança de humor”, começou Rossi. “Bem no começo, todos estavam céticos, porque é verdade que a Renault tentou voltar ao pódio por muito, muito tempo sem sucesso, e isso tem sido um fator cansativo para a equipe”, acrescentou.

“Não cremos mais nisso. Acho que eles estão começando a ver o momento, porque terminar em quarto no último ano foi um grande progresso. Estamos recebendo cada vez mais apoio da torcida. As vendas estão nas alturas, e as pessoas dizem constantemente que amam a marca. Então acho que algo está acontecendo”, completou, ressaltando que Gasly não foi uma contratação pensada apenas por ele ser francês.

“Não, de jeito nenhum”, enfatizou. “Se Pierre fosse de Bangladesh, eu o teria levado. No entanto, é uma ótima oportunidade, podemos aproveitar o time francês, embora esteja muito atento ao fato de sermos uma equipe britânica também, sinceramente”, lembrou o CEO da Alpine, referindo-se à base localizada em Enstone, na Inglaterra.

“Enstone é o centro da gravidade da Alpine na Fórmula 1 e não é francês. Portanto, é uma marca francesa com roupa britânica. Temos essas duas culturas, duas nacionalidades, e tenho orgulho disso, não apenas ser francês”, continuou, sem deixar de reconhecer, por fim, que a ‘coincidência’ não deixa de ser positiva para as intenções da marca.

“[A contratação de Gasly] Ajuda a transmitir um pouco do legado da Alpine, o que é bom, pois se trata de uma marca da Normandia [onde fica a cidade natal do piloto, Rouen]. Na verdade, isso é muito legal, porque queremos manter o passado, a herança, e projetá-la para o futuro. Então os dois [Gasly e Ocon] são uma personificação fantástica disso”, finalizou.

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