Alpine tem boa notícia em meio ao caos e supera R$ 160 milhões de lucro em 2022

Se a situação esportiva da Alpine é de incerteza, ao menos na parte financeira a equipe vê sucesso: lucro de 2022 é bastante representativo

A temporada 2023, até agora, conta com uma Alpine cheia de incertezas na Fórmula 1. A companhia promoveu um verdadeiro bota-abaixo, demitiu diretor-executivo, chefe de equipe, diretor-esportivo e diretor-técnico, sofreu chacoalhão em reunião interna e caiu na ordem de forças. Mesmo assim, uma boa notícia apareceu: o lucro em 2022 foi de £ 26,2 — equivalente a R$ 161,5 milhões, na cotação do dia.

Os números foram finalizados nas últimas semanas e definem toda a organização financeira da Alpine na temporada passada. Em 2022, a equipe francesa conseguiu o quarto lugar do Mundial de Construtores — e a premiação correspondente paga pela F1 — bem como um polpudo acordo de patrocínio-máster da companhia austríaca BWT. Foi o que fez a receita subir de £ 201,5 milhões (R$ 1,2 bilhão) em 2021 para £ 249 milhões (R$ 1,5 bilhão) no ano seguinte.

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Enquanto isso, os custos da operação também cresceram e foram de £ 145,2 (R$ 895 milhões) para £ 170,4 milhões (R$ 1,05 bilhão). Apesar do aumento, dá para dizer que os custos operacionais subiram em 21,6%, enquanto a receita aumentou em 23,6%. Portanto, a receita cresceu em rito maior que o custo.

“Apesar da operação ter sido impactada pela inflação, um segundo ano das regras financeiras, casado à abordagem disciplinada quanto ao controle de gastos levou a uma melhora de 37% na margem da operação, o que resultou num lucro de £ 36,6 milhões (R$ 225,6 milhões)”, afirmou a Alpine.

Alpine de 2023 terá de correr atrás do sucesso daquela de 2022 (Foto: AFP)

O número de R$ 225,6 milhões representa o lucro bruto, enquanto, com todos os descontos efetuados, o lucro líquido fica no valor de R$ 161,5 milhões.

Há, contudo, um porém: embora o lucro líquido tenha sido £ 9,5 milhões (R$ 58,5 milhões) maior que no ano anterior, o lucro líquido foi £ 2,9 (R$ 17,8 milhões) menor. Parte do motivo está no fato da Renault matriz ter, por conta do aumento das receitas geradas por conta própria da equipe, ter diminuído a contribuição financeira direta de £ 60,6 para £ 42,2 milhões (R$ 373,5 para R$ 260,1 milhões).

Como comparação, é importante destacar que a Aston Martin terminou 2022 com prejuízo de cerca de R$ 325 milhões, muito por conta do sétimo lugar do Mundial de Construtores. A Alpine, salvo algo completamente fora do panorama atual da F1, vai terminar 2023 na sexta posição. Outra comparação entre as duas está na quantidade de funcionários: a Aston Martin registrou 504 em 2022, enquanto a Alpine contou com 871.

Importante é que, em 2023, a estrutura acionária da Alpine é bem diferente de 2022. No ano passado, a Renault chegou a se tornar a única dona da Alpine, após adquirir a fatia da subsidiária inglesa Grigny e a da Genii, que ficou com uma parte pequena das ações após a venda da Lotus, em 2015. Desde então, porém, a Renault vendeu 24% das ações para um consórcio de três companhias de investimento: Otro Capital, RedBird Capital Partners e Maximum Effort Investments – essa última é liderada pelos atores Ryan Reynolds, de ‘Deadpool’, e Rob McElhenney, de ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’, e que também é proprietária do time de futebol galês (filiado ao futebol da Inglaterra) Wrexham FC, que tem o ator Michael B. Jordan, de ‘Creed’, como coinvestidor.

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