Aston Martin diz que “dinheiro não foi fator” e avisa: “Alonso e Stroll vão ter status igual”

Chefe da equipe de Silverstone, Mike Krack ofereceu muitos detalhes sobre a negociação com o bicampeão mundial. Ainda segundo Krack, não há nenhuma preocupação interna com a idade do 'Príncipe das Astúrias'

McLAREN SEM RICCIARDO (E SEM PALOU TAMBÉM?) + AUDI PERTO DA FÓRMULA 1 | TT GP #66

De veterano para veterano, campeão mundial para campeão mundial, a Aston Martin correu para fechar negócio com Fernando Alonso assim que foi noticiada da aposentadoria de Sebastian Vettel. O chefe da equipe de Silverstone, Mike Krack, detalhou como foi o processo de assimilação interna — a partir do momento que ‘Seb’ confirmou o adeus à F1 até o aperto de mãos com o bicampeão mundial.

“Sempre estivemos focados em Sebastian, mas o pressionamos para termos uma resposta antes das férias de meio de ano — porque quanto mais essas negociações se prolongam, mais problemas você enfrenta. A bola ‘começou a rolar’ na quarta-feira antes do GP da Hungria, quando Vettel nos confirmou seus planos e disse que iria se aposentar. Nós formalmente contatamos Fernando mais tarde naquele dia e, alguns dias depois, o acordo foi feito”, explicou.

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Krack não parou por aí e, no site oficial da Aston Martin, abordou também temas mais incisivos. Alonso pediu por um grandíssimo salário e o status de protagonista na equipe durante a mesa de negociações? E preocupação interna com a idade do ‘Príncipe das Astúrias’, existe?

“Fernando e Lance vão ter status igual. Fernando não pediu nada do tipo para nós. Vemos a mídia dizendo que nós oferecemos a posição de primeiro piloto e um salário enorme a ele, mas posso assegurar que Fernando não acertou conosco pelo status ou pelo dinheiro. É claro, o pacote tem que ser de acordo com o calibre e a experiência de Fernando, mas a velocidade com a qual fechamos o negócio mostra que essas coisas — salário, detalhes pequenos — não foram os principais motivos de Fernando. Ele mesmo disse: quando as duas partes querem algo, demora somente 10 minutos. O que o convenceu foi a oportunidade de ser parte de um time que está progredindo e que ele possa fazer um impacto real”, afirmou Krack.

Mike Krack é o chefe da Aston Martin desde o início de 2022 (Foto: Aston Martin)

“Não vejo a idade como um problema. Para mim, não muda nada. Ele deve ser julgado por seu ritmo e sua performance na pista — e está claro que, nisso, segue no auge. Além disso, não são os 40 os novos 30? Se isso for verdade, Fernando tem apenas 31 anos! Não descartaria a possibilidade de que há anos amplos, juntos, pela frente — se a gente conseguir progredir o que precisamos quanto à competitividade do carro. Nós não estamos bem em 2022 e não fomos em 2021 — e sabemos que precisamos entregar um carro que possa correr no pelotão da frente”, completou.

Por fim, o chefe da Aston Martin disse que Alonso, “uma máquina de corrida”, mostrou-se totalmente focado e determinado em competir no mais alto nível na Fórmula 1 — e que confia nos investimentos a longo prazo da equipe de Silverstone para isso. Ainda assim, a expectativa não é de uma relação tranquila e sem turbulências; muito pelo contrário.

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“A coisa mais importante é ser transparente e honesto. Fernando fala a real. Mas é também importante lembrar que pilotos como ele só conquistaram o que conquistaram porque estão sempre perguntando coisas – eles pressionam, querem sempre mais. Estaria preocupado e desapontado se fosse de qualquer outra maneira. No entanto, Fernando não deve ser o primeiro a fazer tais perguntas; nós é que devemos começar o processo. Precisamos estar preparados e sermos capazes de nos anteciparmos às perguntas deles. Que ideias ele pode ter? O que vai querer do carro? Quais processos ele gostaria que o time adotasse? O que ele estava fazendo em outros times que deve continuar fazendo aqui? Se tivermos todas essas respostas, então Fernando saberá que estamos por dentro de tudo – e também vai saber que estaremos dando o nosso máximo, que é o que ele espera dele mesmo e de nós”, contou Krack.

“Vai ser fácil trabalhar com ele? Não, não vai. Ele irá nos desafiar e constantemente nos pressionar por mais – essa é a natureza de um verdadeiro campeão. Mas posso te assegurar que ele vai tirar o máximo do carro. Se quisermos crescer e nos tornar um time de topo, então temos que ser capazes de administrar tais personagens. Fernando é exatamente o que precisamos”, finalizou.

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