Aston Martin e Norris se queixam de motor no Bahrein. Mercedes se defende

A Mercedes conseguiu um melhor resultado do que o esperado na abertura da temporada de 2022 da Fórmula 1, com Lewis Hamilton em terceiro e George Russell em quarto no GP do Bahrein. Mas as equipes que utilizam o motor alemão não tiveram a mesma sorte: Williams, Aston Martin e McLaren saíram zeradas de Sakhir, o que gerou questionamentos sobre a unidade de potência.

Todos já esperavam uma evolução da Ferrari, que já havia demonstrado nos testes de pré-temporada que tinha um bom motor para a temporada. Mas a diferença parece ter sido maior do que as equipes imaginavam.

“Isso [vantagem da Ferrari] foi algo que já observamos há algum tempo. Mas, por outro lado, vemos a equipe de fábrica da Mercedes terminando em terceiro e quarto, então ainda é possível fazer um bom trabalho”, disse Mike Krack, chefe da Aston Martin, após o GP do Bahrein.

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“Acho que, para nós, a primeira coisa é construir um carro mais rápido antes de se aprofundar nisso. Antes de entrar nesse assunto, temos que resolver nossos problemas. Acho que os rivais talvez tenham dado um passo maior, e temos que recuperar o terreno perdido”, concluiu Krack.

Os pilotos também acabaram comentando sobre a situação. Para Nico Hulkenberg, que substituiu Sebastian Vettel, diagnosticado com Covid-19, o motor “parecia meio desligado hoje. Mesmo com o DRS, eu não estava alcançando os outros carros. Nós pareciamos mais lentos nas retas”.

“Você ainda tem a Mercedes em terceiro e quarto. Mas assim, definitivamente não está ajudando. Acho que com certeza estamos atrás neste quesito comparado com os outros. Mas eu vi problemas nos outros carros também, e nós temos boa confiabilidade, acho que isso é positivo no momento”, ponderou Lando Norris, piloto da McLaren.

Para a Mercedes, o problema não está em si no motor, mas no fato de o carro ainda ter muito arrasto aerodinâmico, o que diminui a velocidade nas retas. As dificuldades da equipe alemã com o porpoising também têm atrapalhado o desempenho.

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“Acho que precisamos analisar o nível de arrasto aerodinâmico primeiro, antes de julgar se estamos com menos potência. Não acho que tenham grandes diferenças entre os motores, mas a Ferrari claramente teve uma grande melhora”, explicou Toto Wolff, chefe da Mercedes. “No ano passado, eles não eram muito competitivos, e hoje, se olharmos somente para o Bahrein, fica a sensação de que foram melhores do que todo mundo”, lamentou o dirigente.

“Eu não diria que é puramente o motor, acho que há outros fatores contribuindo. Acho que temos bastante arrasto. É um número de fatores, e provavelmente o arrasto e o quique estão contribuindo para isso”, revelou George Russell, piloto da Mercedes. “Vai te deixar mais lento, porque você está batendo no chão ao invés de ir para frente. Acho que o nosso déficit está 50% nas retas e 50% nas curvas”, explicou o britânico.

A Mercedes e suas equipes parceiras não terão muito tempo para resolver os problemas de potência, arrasto e quique. A Fórmula 1 retorna já neste final de semana, com o GP de Jedá, na Arábia Saudita, no dia 27 de março.

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