Aston Martin ousa e apresenta AMR23 de design arrojado para temporada 2023 da F1

Depois de um 2022 absolutamente frustrante, a Aston Martin inovou e revelou ao mundo um carro de design agressivo para a Fórmula 1 2023

Pouco mais de uma hora depois da McLaren e a cerca de 130 km de distância, a Aston Martin revelou ao mundo o AMR23, modelo com o qual vai disputar a temporada 2023 da Fórmula 1. O evento foi realizado na fábrica da equipe inglesa, localizada próxima a Silverstone, na Inglaterra, e diante de um auditório cheio nesta segunda-feira (13). Sétima colocada no campeonato passado, a esquadra projeta um salto de qualidade na disputa que começa no dia 5 de março, no Bahrein.

E para isso, exibiu um carro ousado e de linhas arrojadas, especialmente na comparação com o modelo de 2022. A asa dianteira ganhou um novo desenho, mais agressivo, bem como a lateral, agora mais elegante. A cobertura do motor também parece mais refinada que anterior. A verdade é que o projeto mescla soluções dos dois carros mais rápidos da temporada passada: Red Bull e Ferrari.

A lateral, por exemplo, é muito semelhante a do RB18, bem como os sidepods. Já o desenho da parte de cima das entradas de ar tem muito da F1-75. Em termos de pintura, o modelo não apresenta qualquer surpresa: segue com o tradicional verde que marca a fabricante britânica.

“O segundo semestre de 2022 mostrou sinais reais de progresso, pois trabalhamos duro no desenvolvimento do carro. Para este ano, nosso objetivo deve ser construir um carro que possa cumprir totalmente seu potencial de desempenho desde o primeiro momento na pista. Fazer um forte início de ano e depois manter esse ímpeto é necessário se quisermos avançar ainda mais rumo à frente do grid. E, como organização, estamos trabalhando duro para conseguir isso e fortalecer ainda mais todas as áreas da equipe”, disse o chefe da equipe Mike Krack, durante o lançamento.

“Já conhecemos os pontos fortes comprovados de nossos departamentos de design, engenharia e construção. A chegada de Fernando, como companheiro de Lance, destaca ainda mais a profundidade e o alcance de nossa equipe. Parece que todos os elementos desta organização estão realmente trabalhando bem juntos”, acrescentou.

O AMR23, carro da Aston Martin para 2023 (Foto: Aston Martin)

Também para 2023, a Aston Martin promove uma verdadeira troca de lendas em seu cockpit: Sebastian Vettel, tetracampeão do mundo, se aposenta da F1 após dois anos com a equipe verde, enquanto Fernando Alonso, dono de dois títulos e de grande campanha com a Alpine em 2022, chega pelos lados de Silverstone.

“Eu sempre disse que podia ver a ambição que brilha na Aston Martin. E acho que todos podem agora ver a da ambição e determinação no coração desta organização. O AMR23 parece pronto e altamente eficiente. Fiquei agradavelmente surpreso quando experimentei o carro do ano passado pela primeira vez e acho que há muito desempenho que podemos desbloquear juntos. Mal posso esperar para começar”, afirmou o bicampeão espanhol, também presente no evento.

O outro carro, é claro, segue sendo ocupado pelo filho do dono da bola. Lance Stroll, herdeiro do magnata canadense Lawrence Stroll, vai para seu sétimo ano na Fórmula 1, com três pódios e até pole na carreira, mas ainda sem nenhum top-10 em classificações finais de temporada. “Olhando para o AMR23, posso ver muitas ideias novas e algum trabalho agressivo em torno do design e da aerodinâmica que devem realmente nos ajudar quando entrarmos no segundo ano dessas novas regras. Estou muito ansioso para trabalhar com Fernando. Sempre me dei muito bem com ele e será fantástico correr ao lado dele”, completou o canadense.

A Aston Martin é um dos mistérios da F1 recente. Quando se chamava Force India, sofria para fechar as contas, acumulava dívidas e, mesmo assim, brigava quase que anualmente pelo G4 da categoria, pelo protagonismo na ‘F1 B’. Depois, seguiu assim como Racing Point. Agora, porém, com uma marca enorme por trás e muito mais aporte financeiro, parece perdida.

Desde que virou Aston Martin, a equipe acumula grandes contratações, dos pilotos ao grupo técnico, mas soma dois decepcionantes sétimo lugares finais. Em 2021, porém, ainda foi ao pódio em Baku e na Hungria – desclassificada depois, é verdade -, mas, em 2022, não teve nada melhor que três sextos lugares. É muito pouco.

Para quem fala em ser campeã mundial em um médio prazo e investe para isso, tomando profissionais de Mercedes e Red Bull, por exemplo, a Aston Martin precisa fazer mais. E o AMR23 parece ter uma missão clara: ao menos devolver o time para o pódio e para a briga real na parte dianteira da ‘F1 B’.

Empurrada pelos motores Mercedes, a Aston Martin vem passando por reformulações frequentes. Na última das mais importantes delas na parte técnica, Mike Krack assumiu a chefia do time, com Andrew Green e Dan Fallows responsáveis pelo projeto do carro. “A mudança deste ano para nossa nova fábrica de última geração é mais do que apenas uma declaração séria de intenções: fortalecerá e capacitará consideravelmente cada indivíduo nesta organização, ajudando-nos a cumprir nossa ambição de diminuir a diferença para as equipes da frente do grid e, com o tempo, nos tornarmos verdadeiros líderes do campeonato. No ano passado, demonstramos a determinação e a crença necessárias para seguir em frente e construímos um carro totalmente novo para corresponder à nossa visão e ambição”, afirmou o dono da equipe, Lawrence Stroll.

A oitava apresentação prevista para a Fórmula 1 2023 é a da Ferrari, marcada para esta terça-feira (14), às 7h25 (em Brasília). Mercedes e Alpine completam a lista nos próximos dias.

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