CEO da F1 nega motivação comercial em não-corrida e promete “gesto de atenção” aos fãs

Lewis Hamilton criticou duramente a Fórmula 1 pela “farsa” no não-corrida na Bélgica. Mas Stefano Domenicali, CEO e presidente da categoria, negou motivação comercial para que a prova fosse oficializada e defendeu a FIA: "As decisões foram absolutamente corretas"

Assista aos melhores momentos (?) do não-GP da Bélgica deste domingo (Vìdeo: GRANDE PRÊMIO com Reuters)

A decisão da direção de prova em tornar realizado o GP da Bélgica com oficialmente apenas uma volta completada com os pilotos atrás do safety-car desagradou em cheio a maior parte dos pilotos e das equipes da Fórmula 1 e motivou inúmeras manifestações de personalidades e do público nas redes sociais no último domingo (29). Lewis Hamilton foi duro nas suas críticas e disse que a não-corrida foi uma “farsa” e motivada pelo fator financeiro: “O dinheiro é o que manda”. Pouco depois, Stefano Domenicali, CEO e presidente da F1, rebateu as falas do heptacampeão, descartou reembolsar o público, mas prometeu um gesto de atenção aos fãs presentes por várias horas e tomaram muita chuva nas arquibancadas de Spa-Francorchamps.

No fim da última tarde, o dirigente italiano, nomeado pelo Liberty Media como novo chefão da Fórmula 1 no lugar do norte-americano Chase Carey a partir de janeiro, foi logo questionado sobre uma possível motivação financeira. Domenicali rejeitou as insinuações.

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Stefano Domenicali defendeu a decisão tomada pela direção de prova (Foto: AFP/John Thys)

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“Quando ouvi que houve alguma discussão comercial por trás disso, digo que não é totalmente verdade. Quando falamos sobre corrida, há uma responsabilidade, é um processo claro, e essas coisas não estão conectadas, de forma alguma”, afirmou.

“Para o público, claro, é uma pena, porque se tem algo que todo mundo quer ver é uma corrida de verdade. Mas acho que as decisões tomadas pela torre de controle foram absolutamente corretas”, defendeu o dirigente.

Domenicali seguiu o discurso do diretor de provas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para a Fórmula 1, Michael Masi, de que todos os esforços foram feitos para que a corrida fosse adiante. Mas a força do tempo falou mais alto e impediu a realização de uma disputa real.

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“Havia o desejo e a vontade de fazer a corrida, e assim que tive a informação, fui acompanhando qual era a situação de momento. Havia uma janela de possível melhora do tempo para tentar fazer a corrida. Então, assim que começaram, os comentários foram bem claros. De outro lado, outra previsão do tempo foi recebida, mostrando que não era possível. Apesar da decepção de todos, acho que, em termos de gestão, foi o certo a ser feito”, salientou.

O CEO da Fórmula 1 também foi indagado sobre um eventual reembolso ao público presente às arquibancadas de Spa-Francorchamps, algo que também foi sugerido por Hamilton. Domenicali refutou a possibilidade de ressarcir os fãs, mas prometeu alguma atitude para amenizar a situação.

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“Infelizmente, não teve corrida. Você pode pagar o ingresso e, então… faz parte. No fim das contas, com certeza o organizador, juntamente conosco, vai levar em conta dar atenção, o máximo de atenção para os fãs, com certeza. A mensagem é clara: infelizmente, não controlamos o tempo. E em duas ou nenhuma volta, o custo, na realização da corrida, estava lá”, comentou.

Por fim, Stefano voltou a reforçar que, diante de tais condições, extremas, era impossível ter uma corrida, no sentido real da expressão. “Não é um problema de dar ou não dar voltas, mas sim as condições lamentáveis. Você precisa levar em conta a segurança de todos, e isso é muito importante. Como disse, o primeiro a ficar decepcionado sou eu porque amo as corridas, mas também há condições em que você não pode fazer isso”, finalizou o chefão da Fórmula 1.

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