Chefe da AlphaTauri fala em até “três anos de adaptação” para Tsunoda na Fórmula 1

Franz Tost, chefe de equipe da AlphaTauri segue confiante em melhor desempenho de Yuki Tsunoda e define três anos como prazo necessário para um jovem se adaptar à Fórmula 1

Assim que estreou na Fórmula 1 neste ano, com um nono lugar no GP do Bahrein, Yuki Tsunoda causou certo furor. Sendo, inclusive, apontado por Ross Brawn como o melhor estreante dos últimos tempos. Porém, tempos depois de colecionar rodadas, acidentes e um comportamento ruim, Tsunoda já não é unanimidade. Chegou o momento da AlphaTauri pedir tempo, apontando que a adaptação à principal categoria do automobilismo pode levar anos.

Se dentro da Red Bull já foi criticado pelo consultor Helmut Marko, na AlphaTauri ainda há confiança no jovem piloto, Franz Tost, chefe da escuderia italiana, logo tratou de minimizar a situação do piloto, ressaltando a evolução e a necessidade de ser paciente.

“Yuki está melhorando muito, e o processo de adaptação está indo na direção certa. Você não pode esperar que um estreante saiba tudo desde o começo. Por isso sempre digo que um jovem piloto precisa de três anos para entender essa Fórmula 1 complicada. A F1 se tornou muito mais complicada do que era anos atrás”, comentou o dirigente.

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Yuki Tsunoda fez corrida ruim e não pontuou mais uma vez (Foto: Red Bull Content Pool)

“Estou muito feliz com Yuki. Ele mostra uma velocidade natural fantástica e melhora a cada dia, a cada sessão. Estou otimista que veremos uma excelente segunda metade de campeonato e que Yuki terá muito sucesso no futuro. Não posso falar sobre contratos, apenas digo que gostaria que ele continuasse conosco no próximo ano”, disse o austríaco.

Após terminar a rodada dupla no Red Bull Ring em décimo e em 12º, respectivamente, Tost relembrou o GP da França, onde Tsunoda protagonizou um forte acidente durante a classificação. Mais uma vez o dirigente citou o processo de adaptação.

“Quando lembro do acidente dele em Paul Ricard, quando Yuki bateu, lembro também que tivemos alguns problemas para entender o carro no TL3. Decidimos aumentar a asa dianteira para ajudar a suspensão. Ele foi para a curva, a fez, e o carro reagiu de uma forma diferente da que ele esperava. Aí ele tocou as zebras e, por conta das mudanças no vento, bateu”, lembrou.

“Você não consegue ensinar essas coisas para um jovem piloto, ele tem que aprender em todo treino classificatório o que deve fazer para melhorar. Por isso a experiência é importante. Para estes jovens pilotos é realmente difícil chegar à Fórmula 1, porque  a cada pista que desembarcamos, eles fazem os primeiros classificatórios das vidas ali”, disse.

“Claro que você pode alegar que eles treinaram nos treinos livres, e deveriam saber o que fazer. Mas, por exemplo, o vento pode aumentar ou vir de uma direção diferente, a temperatura pode mudar. A unidade de potência não é apenas para entregar desempenho, afeta o freio, com o MGU-K e muitas outras coisas. E os jovens precisam aprender isso. E não é só para uma pista sempre igual. Cada pista possui uma maneira diferente de usar a unidade de potência. Com diferentes traçados e muitas coisas mudando”, concluiu.

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