Chefe da Ferrari admite falhas, mas adota discurso otimista e evita jogar a toalha na luta pelo título: “Não vamos desistir”

Segunda força da F1, a Ferrari amargou mais uma jornada difícil na temporada 2016. Em um fim de semana novamente marcado pelos problemas de confiabilidade — tendo de trocar o câmbio do carro de Sebastian Vettel, punido em cinco posições no grid do GP da Rússia —, a escuderia de Maranello só pontuou com Kimi Räikkönen, terceiro lugar em Sóchi, enquanto Seb acabou sendo acertado duas vezes por Daniil Kvyat, perdeu o controle da sua SF16-H e bateu na barreira de proteção na curva 3.

 

Ainda assim, sobretudo depois de ver a Mercedes manter o aproveitamento de 100% e vencer novamente com Nico Rosberg, além de abrir 81 pontos de frente no Mundial de Construtores, Maurizio Arrivabene adotou um discurso pra lá de otimista e deixou claro que, por enquanto, não quer saber de jogar a toalha na briga pelo título mundial.

 

Em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’ no último domingo, o chefe da Ferrari reconheceu as falhas que tanto vêm atrapalhando a escuderia italiana neste início de temporada. De qualquer forma, Arrivabene prefere mostrar que ainda acredita que tudo é possível.

“Se tiver de definir o campeonato deste ano, não somos a equipe que gosta de vencer de forma cômoda. Estamos lutando por um grande desafio, e o que vem acontecendo é parte da história das corridas. Tivemos problemas com o software de Sebastian no Bahrein, um problema de turbo com Kimi na Austrália, mas não foi azar: sempre há um erro humano”, admitiu.

 

“Mas prefiro ter esse tipo de problema agora do que tê-lo mais além ao longo da temporada. Mas temos de garantir que isso não volte a acontecer”, complementou.

 

“Sobre o campeonato: não quero que a equipe desista. Queremos colocar toda nossa energia de agora em diante. Temos 17 corridas, de modo que, se vencermos 12, eles podem ganhar as outras cinco e ter briga. Mas, falando sério, nada está definido e não vamos desistir”, assegurou.

 

Desta forma, o chefe da lendária equipe de Maranello dá a receita para que o time seja de fato um verdadeiro rival da Mercedes na batalha pelo título. “O primeiro de tudo é a gente não cometer erros. Em segundo lugar, espero, realmente espero, que possamos ter, a partir de agora, um rendimento muito melhor do que tivemos até o momento.”

 

“Isso se deve às características das pistas que vão chegar e devido às fichas de desenvolvimento que gastamos. Vai nos ajudar muito mais na Espanha do que vimos na Rússia. Mas, claro, os outros não estão dormindo e tampouco de braços cruzados nos esperando”, finalizou Arrivabene.

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