Chefe da Mercedes confessa que se sentiu bastante irritado com abandono na Espanha, mas fala em “virar a página”

Depois de ver seus dois carros fora do GP da Espanha por um acidente logo na curva 3, ainda na primeira volta, Toto Wolff admitiu que se sentiu "bastante irritado e chateado", mas que, depois, com a cabeça fria, soube analisar o cenário e acha que a Mercedes vai saber lidar muito bem daqui para frente com a mais recente polêmica na rivalidade entre sua dupla de pilotos.

 

Na largada em Barcelona, no último domingo (15), o pole Lewis Hamilton e o segundo colocado Nico Rosberg saltaram bem da primeira fila, mas o alemão foi ainda melhor ao superar o colega, por fora, na primeira curva. Só que, na sequência, Nico perdeu potência e permitiu uma rápida aproximação do tricampeão, que tentou a ultrapassagem na curva 3. Os dois acabaram batendo e foram jogados na brita, encerrando ali a corrida de ambos.

 

Mais tarde, a equipe alemã revelou que o carro do líder do campeonato perdeu potência por conta de uma configuração errada do mapeamento do motor e que, por isso, Lewis chegou tão rápido — 17 km/h mais veloz que o colega. O incidente ainda foi parar na mesa dos comissários, que decidiram não aplicar punições a ninguém devido à falha. Além disso, também consideraram um lance de corrida.

E falando sobre o incidente, Wolff ficou satisfeito como a maneira como o time lidou com a confusão. "Acho que o que mais importa é a forma como saímos desse incidente como equipe", disse o dirigente.

 

"Nós mostramos um grande espírito de grupo nas últimas corridas, com muitos altos e baixos, e nunca deixamos nada atrapalhar. Então, penso que agora é apenas mais um desafio que temos de encarar, a fim de provar que trabalhamos bem como equipe e que podemos passar por situações difíceis. Vamos virar a página", completou.

 

O abandono das duas Mercedes também ajudou na vitória da Red Bull — a primeira da temporada e a primeira desde o GP da Bélgica de 2014, curiosamente também em função de um toque entre os dois pilotos da esquadra prateada. E o triunfo rubro-taurino ainda foi mais emblemático porque foi conquistado por Max Verstappen, que fazia sua estreia com os tetracampeões e se tornou o piloto mais jovem a vencer na F1.

 

O chefão da Mercedes não deixou de exaltar o feito do holandês. "Foi ótimo vencer Max vencer também, porque isso é algo incrível e não só para ele, mas também para o esporte. Ele merece essa conquista e, do nosso lado, nós também oferecemos uma boa história no fim de semana."

 

"As duas Mercedes bateram na primeira volta, a corrida foi emocionante e a F1 ainda viu uma nova estrela nascer", brincou o austríaco, que não deixou passar os pontos somados pela Ferrari.

 

"A Ferrari marcou pontos importantes e aproveitou o momento. Na verdade, tudo isso me deixou um pouco irritado e chateado, mas não é disso que se trata o esporte?", encerrou o dirigente.

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