Chefe da Mercedes duvida de saída de Hamilton no fim do ano: “Ainda não acabamos”

Toto Wolff, chefe da Mercedes, entende que Hamilton foi afetado por mistura de cansaço entre trabalho e o que acontece no mundo, mas não crê que deixe F1

Após a vitória de número 93 da carreira, neste domingo (1), no GP da Emília-Romanha, em Ímola, Lewis Hamilton afirmou não saber ainda se estará no grid em 2021. De acordo com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, trata-se do efeito do cansaço acumulado sobre o campeão, agora um pouco aliviado pelo heptacampeonato mundial de Construtores. Wolff não crê em Hamilton deixando a F1.

O chefe – que também é diretor-esportivo da Mercedes – fez praticamente uma avaliação psicológica de Lewis. O peso do que está acontecendo no mundo em 2020, o trabalho intenso numa temporada compacta e o alívio por nova conquista pesaram.

“Acho que se ele fosse decidir deixar a Fórmula 1, o que não creio que vá acontecer e espero que não aconteça, então teríamos um mercado de pilotos bem frenético”, falou.

“Creio que são só as emoções do momento. Estamos todos felizes, mas muito cansados. A mesma coisa para mim: consigo me relacionar completamente com o sentimento de se questionar sobre todas as outras coisas que importam e, quando você liga nas notícias pela manhã e desliga à noite, valem só as dificuldades que nós temos”, comentou.

Lewis Hamilton conquistou a vitória de número 93 da carreira (Foto: Mercedes)

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“Estamos aqui agora em nosso pedacinho de chão feliz onde tentamos trazer entretenimento para as casas dos espectadores, mas depois disso a gente volta à realidade difícil de todos os dias. É algo que afeta a todos nós. É normal alguém com tanta empatia ter sentimentos assim”, seguiu.

Na sequência, entretanto, Wolff garantiu que, por enquanto, permanecerá na Mercedes. Voltou a falar sobre as dúvidas com relação ao cargo que terá, uma vez que parece cada vez mais evidente que a estrada do austríaco como chefe de equipe da F1 está chegando ao fim, mas não deixará o automobilismo da fábrica alemã.

“Estamos juntos de maneira que temos uma certa simbiose e, claro, é importante saber o que está no coração e na cabeça de cada um para o ano que vem, mas eu já disse que esse é o meu time. Sou um muito orgulhoso como um dos donos da Mercedes, e não vou a lugar algum. Meu papel talvez mude no futuro, é algo que ele já me perguntou e, creio nada jamais está garantido”, pontuou.

“Assim como Niki Lauda nos anos 1970, você pode acordar um dia em alguma pista e perceber que não está mais se divertindo. Pode acontecer a qualquer um. Mas quero continuar essa jornada. Nós não acabamos. Lewis, eu e o time ainda não terminamos”, finalizou.

A Fórmula 1 volta em duas semanas, no GP da Turquia, em que Hamilton já pode se consagrar heptacampeão mundial de Pilotos. Para faturar o título, basta ser segundo colocado e que Valtteri Bottas até vença a corrida, mas não faça a volta mais rápida. Na conta redonda, o finlandês precisa marcar oito pontos a mais que o inglês para levar o Mundial ainda aberto para o Bahrein.

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