Chefe da Red Bull critica “dura” decisão da FIA sobre saída de Masi: “Muita pressão”

Na última semana, Mohammed Ben Sulayem, atual presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), anunciou a saída de Michael Masi do cargo de diretor de provas da Fórmula 1. Niels Wittich e Eduardo Freitas são os substitutos e vão se alternar no posto com assistência do veterano Herbie Blash. Masi terá um novo cargo interno na FIA. Em comunicado, o novo mandatário ainda disse que foi uma decisão “apoiada pelas equipes”.

Só que, mesmo após a decisão e quase um ponto final na grande confusão em relação ao GP de Abu Dhabi de 2021, Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, alegou que a decisão do novo presidente foi “dura” e movida pela grande pressão de algumas equipes.

“Acho duro. Ele [Masi] estava em uma posição muito difícil no ano passado. Sentimos que muitas decisões foram contra nós no ano passado e acho que quando você olha para o que ele tem à sua disposição em termos de recursos em comparação com o que as equipes têm, há uma diferença enorme. É bom saber que eles estão trazendo coisas como o ‘VAR’ e estão trazendo de volta um dos caras mais experientes, Herbie Blash. Eu só acho que houve tanta pressão sobre a remoção de Michael, isso não está certo. Esse foi o meu sentimento”, disse ele, em entrevista ao TalkSport.

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Masi gerou polêmica por conta das decisões no GP de Abu Dhabi de 2021, que deu o título da Fórmula 1 para Max Verstappen. Na ocasião, o holandês era segundo colocado, atrás de Lewis Hamilton, mas situação mudou após o acidente de Nicholas Latifi com cinco voltas para o final da prova. Antes da relargada, no último giro da corrida, Michael optou por remover apenas os retardatários que estavam entre os candidatos ao título em vez de liberar todos ou nenhum, como prevê o regulamento.

Além da saída de Masi, Ben Sulayem anunciou a criação de um ‘VAR’ (Video Assistant Referee, ou Árbitro Assistente de Vídeo, em tradução literal), tal como no futebol. A assistência por vídeo será posicionada em um escritório da FIA fora dos circuitos, e em conexão em tempo real com diretor de prova, ajudará a aplicar o regulamento usando ferramentas tecnológicas.

“Quando o acidente veio a cinco voltas do final com Nicholas Latifi , reagimos imediatamente. Chamamos Max, trocamos os pneus. A Mercedes deixou Lewis de fora, com pneus de 44 voltas, já desgastados. E obviamente Max teve de fazer aquela ultrapassagem na última volta. Max fez a jogada e se tornou o campeão mundial, então foi um resultado fenomenal”, acrescentou ele.

Horner, por fim, lembrou de algumas controvérsias da temporada passadas em relação às punições. Mas também admite que é “hora de seguir em frente”.

“A penalidade em Silverstone foi o suficiente? As penalidades que recebemos em Jedá foram justas? Há tantas coisas. Acho que é hora de virar a página, seguir em frente. Há um novo presidente na FIA, ele está procurando implementar uma nova estrutura e adotar mais tecnologia para ajudar a apoiar esses comissários”, continuou.

“A única coisa que os pilotos querem é uma aplicação consistente das regras, em vez de penalidades mudando de corrida para corrida. Acho que esse é o desafio que a FIA obviamente tem de enfrentar nesta temporada”, concluiu.

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