Horner destaca evolução técnica e diz que sucesso da Red Bull “não depende de Newey”

É inegável que o domínio da Red Bull visto na temporada 2023 da Fórmula 1 pelas mãos de Max Verstappen tem considerável parcela do impressionante RB19, mais um dos tantos projetos vitoriosos de Adrian Newey. A evolução técnica da equipe taurina ao longo dos anos, porém, já é suficiente para os austríacos não dependerem exclusivamente do lendário projetista para ter sucesso.

Esta é a análise do chefe da Red Bull, Christian Horner. Hoje, além de Newey, a base em Milton Keynes também conta com Pierre Waché, diretor-técnico, como peça fundamental no comando de todo o trabalho de desenvolvimento do carro.

É por esta razão que o dirigente inglês acredita que se Adrian um dia resolver deixar o time, a perda não causará impacto na performance da Red Bull.

Horner falou ao site da revista inglesa Autosport sobre o papel de Newey no sucesso atual. “Adrian é uma grande parte desta equipe e grande parte do que conquistamos. Mas é claro que o papel dele evoluiu nos últimos anos, e a equipe técnica que vem logo abaixo, liderada por Pierre Waché, faz um trabalho maravilhoso e não depende de Adrian”, frisou.

“Ele [Newey] pode entrar, sair e trabalhar em outros projetos, e acho que isso faz parte da evolução de qualquer equipe”, completou Horner, usando o futebol inglês como exemplo na sequência ao citar Alex Ferguson, lendário treinador do Manchester United e que conquistou 50 títulos ao longo da carreira.

“Sempre fui um grande fã do Manchester United, não como um torcedor, mas de Alex Ferguson. Eles tinham [Eric] Cantona (um dos jogadores ícones do time inglês sob o comando de Ferguson) e depois evoluíram”, seguiu. “A Red Bull é uma equipe, somos mais fortes por ter Adrian conosco, mas o resto do time está evoluindo”, concluiu.

Responsável pela criação de 12 carros campeões do mundo na Fórmula 1, entre eles o lendário Williams FW14B, com o qual Nigel Mansell venceu a temporada de 1992, Newey está na Red Bull desde 2006. Com os taurinos, já são seis títulos de Construtores e sete no Mundial de Pilotos — o tetra de Sebastian Vettel e o tri de Verstappen.

Recentemente, também em entrevista à Autosport, o projetista de 65 anos descartou deixar o time dos energéticos: “Quando cheguei na Red Bull, foi um certo risco na carreira naquele momento, mas só queria ter presença no desenvolvimento da equipe desde o início. Por isso, estive envolvido com o Christian e o Helmut [Marko] em como iríamos evoluir o time. Por que eu ia querer sair disso?”, indagou.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024, com os testes coletivos da pré-temporada, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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