Ricciardo destaca vitória “em ano mais difícil” como fator para continuar na McLaren

Daniel Ricciardo iniciou sua caminhada pela McLaren na temporada 2021 e precisou encarar um ano de altos e baixos em sua primeira participação pela equipe de Woking na Fórmula 1. Superado pelo companheiro de equipe Lando Norris na classificação final, o australiano teve uma primeira metade de campeonato bastante complicada, mas venceu inesperadamente no GP da Itália — com direito a dobradinha. E Daniel admitiu que foi o triunfo que lhe manteve centrado no futuro.

“A razão pela qual eu nem pensei em trocar de time foi que eu realmente venci naquele que talvez tenha sido o ano mais difícil da minha carreira”, disse Ricciardo à publicação alemã Auto Motor und Sport. “Meu pensamento é: se eu venci em um ano como esse, o que isso diz sobre a jornada que vem à frente? Estou animado e quero estar aqui — possivelmente, até o final da minha carreira”, explicou.

Ricciardo chegou à Fórmula 1 pela extinta HRT, uma temporada antes de se juntar à Toro Rosso (hoje AlphaTauri). Com bons resultados pela equipe italiana, o australiano foi contratado pela Red Bull para 2014, substituindo Mark Webber na dupla com Sebastian Vettel. Foram cinco anos com os taurinos e sete vitórias conquistadas na F1.

Em 2018, se sentindo ofuscado pelo brilho do prodígio Max Verstappen, Ricciardo deixou a escuderia austríaca rumo à Renault, equipe pela qual correu ao longo de dois anos. No início de 2021, decidiu partir para seu quinto time diferente na categoria e assinou com a McLaren.

Apesar da rotatividade desde que iniciou sua caminhada na Fórmula 1, em 2011, Ricciardo já vislumbra a possibilidade de se aposentar na McLaren e não cogita uma nova mudança para o futuro. No entanto, o piloto admite que os competidores da categoria estão sempre em busca do melhor carro para se ter nas mãos.

“Estive me mudando nos últimos três ou quatro anos”, admitiu Ricciardo. “Mas por gostar do ambiente na McLaren e aproveitar tanto, eu realmente quero fazer esse projeto funcionar. Eu quero estar aqui. Ao meu redor, tudo encaixa também. Gosto da marca, dos carros. Posso dizer que realmente gosto de fazer parte dessa equipe, da família McLaren”, salientou.

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“Acho que isso é parte do desafio na F1, e como piloto você não apenas tenta ser rápido, você tenta estar no melhor carro”, reconheceu. “É sempre assim, mas eu não estou caçando algo aqui”, completou.

Sobre o que fará depois de se aposentar definitivamente da Fórmula 1, Ricciardo se esquivou e disse não ter pensado sobre o assunto. Mas com a McLaren investindo em participações em outras categorias, como Indy e Extreme E, Daniel não descarta a possibilidade de uma nova experiência.

“Você está certo”, respondeu Ricciardo ao ser questionado sobre a possibilidade. “Poderia abrir algumas portas para mim depois da F1 e ser outra vantagem. Mesmo se for como embaixador da marca ou como piloto de testes de carros de rua. Mas no momento, eu tenho as mãos cheias com a Fórmula 1”, encerrou.

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