Sergio Pérez aposta na sua permanência na Racing Point/Aston Martin em 2021 (Foto: Reprodução/Racing Point)
“Extremamente subestimado” e “um dos melhores”: diretor da Racing Point aplaude Pérez
Sergio Pérez recebeu tudo que é elogio de Andrew Green, diretor-técnico da Racing Point. O dirigente destacou a alta capacidade do mexicano de controlar pneus e de dar feedback sobre o carro, consideradas “incríveis”
Poucas pessoas da Fórmula 1 conhecem Sergio Pérez como Andrew Green, diretor-técnico da Racing Point. Os dois trabalham juntos desde 2014, quando o mexicano reforçou a então Force India. Pérez se tornou piloto destacado no pelotão intermediário, indo ao pódio com relativa frequência, mas nunca teve a chance de pilotar um carro realmente vencedor. Aos olhos de Green, isso só ajudou a construir a imagem de alguém subestimado e que merece maior reconhecimento.
“Ele é extremamente subestimado”, disse Green, entrevistado no podcast ‘Beyond the Grid’. “Acho que ele está no auge total da carreira agora, nada o intimida. O feedback dele, a capacidade mental de pilotar o carro e relatar o que está acontecendo, sempre foi incrível. Isso mesmo em um domingo de tarde, com a corrida acontecendo. Para mim, ele é um dos melhores”, seguiu.
“Em termos de cuidar dos pneus, ele é um dos dois ou três melhores do grid. Não há muitos que possam fazer melhor. Ele tem uma sensação quando chega na curva e sabe o que o pneu está fazendo, o que é melhor e o que precisa fazer. O controle dele sobre o acelerador na saída das curvas é notável. É como se ele tivesse um controle de tração no corpo”, destacou.
Sergio Pérez é, aos olhos da Racing Point, um dos melhores da Fórmula 1 (Foto: Racing Point)
Pérez soma oito pódios, todos conquistados por Sauber e Force India. O mexicano até foi para a McLaren em 2013, mas sofreu contra Jenson Button e com uma equipe que já se afastava de seus dias mais gloriosos. Foi um momento turbulento, mas logo superado através da parceria de sucesso com a atual Racing Point.
Green acredita que um dos pontos fortes de Pérez e a capacidade de desenvolver um bom acerto para corridas. Curiosamente, esse acaba sendo também um ponto fraco: o carro acaba não rendendo tão bem assim em classificação.
“Ele sabe que seu ponto fraco é no sábado, na classificação. Acho que parte disso é porque ele gosta de um carro com estilo de pilotagem focado no domingo, que não é necessariamente o melhor para o sábado. Ele insiste que quer o carro desse jeito e acho que sempre prova que está certo. Algumas vezes ele exagera e vamos mal tanto no sábado quanto no domingo, mas é algo muito raro”, ponderou.
Pérez tem contrato com a Racing Point até 2022, quando a equipe já será Aston Martin. O mexicano atualmente forma parceria com Lance Stroll.
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