F1 se defende e diz que só mostrou imagens de acidente após Grosjean estar salvo

Segundo o porta-voz da Fórmula 1, a decisão de exibir as imagens do acidente assustador sofrido por Romain Grosjean foi tomada na esteira de uma série de protocolos e depois da confirmação de que o franco-suíço estava salvo. Para Guenther Steiner, não havia problemas em mostrar os vídeos: “Todo mundo está bem”

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Na esteira do acidente gravíssimo sofrido por Romain Grosjean na primeira volta do GP do Bahrein e da polêmica deflagrada com a repetição das imagens do carro da Haas partido em dois e das chamas que consumiram parte do bólido, Daniel Ricciardo foi assertivo ao dizer que a Fórmula 1 foi “nojenta e desrespeitosa” com os pilotos após os vídeos do acidente serem exibidos nos telões do circuito de Sakhir durante o período de bandeira vermelha. Entretanto, em comunicado emitido pela assessoria de imprensa, a categoria se defendeu e disse que seguiu todos os protocolos estabelecidos e só exibiu as cenas chocantes, ao público e aos pilotos em Sakhir, depois da confirmação que Grosjean estava salvo.

“Em primeiro lugar, a Fórmula 1 não se trata de entretenimento, e alguns procedimentos e protocolos estão em vigor antes que qualquer decisão de executar uma resposta seja feita”, disse a categoria em declaração veiculada pela revista britânica Autosport.

A Fórmula 1 se defendeu das críticas sofridas e diz que só exibiu as imagens do acidente após ter a certeza de que Grosjean estava salvo (Foto: AFP)

“Depois de um acidente, todas as [imagens] de câmeras onboard, helicópteros, são cortadas. Há comunicação direta entre a torre de controle da corrida e o centro de transmissão. Nenhuma filmagem é mostrada até que haja confirmação de que o piloto esteja bem. Nesta ocasião, a F1 mostrou Romain na ambulância, sem capacete e caminhando com ajuda”, explicou.

“Nenhum replay de acidente é mostrado até que haja a aprovação e confirmação da torre de controle e da FIA de que todas as pessoas estejam seguras, seja piloto, fiscais de pista e médicos. Então, as repetições começaram”, complementou a categoria, ressaltando a importância de levar o máximo possível de informações precisas diante de um momento tão tenso.

“O contexto do que um espectador vê e ouve com os comentários é importante, falando sobre a segurança de Romain, o halo, melhorias de segurança da FIA e atualizações do centro médico. Há um diálogo constante entre a F1, a FIA, a torre de controle da corrida e há um julgamento no que diz respeito aos telespectadores, famílias e às pessoas afetadas”, complementou a F1.

Guenther Steiner, chefe de equipe da Haas e naturalmente uma das pessoas mais ligadas a Grosjean no paddock, não se opôs à veiculação das imagens em Sakhir depois de tomar ciência de que o franco-suíço estava consciente o tempo todo após o acidente.

“Você pode ter duas opiniões aqui. Mas a minha opinião é que, se tudo acabou bem, se nada aconteceu, por que não mostrar para que deixar isso claro para as pessoas entenderem? Sim, foi ruim, mas todo mundo está bem. Era dessa forma que isso teria de ser encarado”, disse o dirigente italiano.

“Queríamos dar a notícia o mais rápido possível às pessoas. Romain está bem, só é difícil entrar em contato com a família, amigos, pessoas que nos conhecem, pessoas da equipe. Se enviamos uma mensagem via TV ou algo do tipo, é algo muito mais poderoso. Acho que mostrá-lo pulando parece, sim, um pouco dramático, mas acabou tudo bem. Contanto que acabe bem, estou bem”, justificou.

“Com certeza, se algo ruim acontece, não deveria ter sido mostrado. Não sou especialista em ética na TV, mas, na minha opinião, algo bom foi mostrado. Foi um acidente grave, mas tivemos sorte e tudo acabou bem. Não diria bem porque coisas como esta não acabam bem. Foi apenas ok”, concluiu Steiner.

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