FIA avalia pedido das equipes para aumento do limite de peso dos carros de F1

Nikolas Tombazis, chefe de monopostos, revelou que o corpo técnico da entidade identificou que componentes do regulamento são mais volumosos que o esperado

DESEMPOLGOU: WILLIAMS FINALMENTE APRESENTA PROBLEMAS NA FÓRMULA 1 2022. E AGORA?

Na reta final de preparação antes do início da temporada da Fórmula 1, as equipes estão buscando soluções rápidas para diversos problemas. Mas um contratempo tem tirado o sono dos engenheiros e projetistas: o peso elevado dos carros. Mesmo com o aumento do teto de 752 kg para 795 kg, algumas peças obrigatórias do regulamento são mais pesadas que o previsto, fato que gerou um acordo entre as equipes, que encaminharam um pedido à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) solicitando a adição de 3 kg no limite estabelecido.

A radical mudança no regulamento da categoria, em vigor a partir deste ano, tem proporcionado uma dose extra de trabalho ao corpo técnico das equipes. Entre os mais complexos está o peso elevado dos carros, que faz os engenheiros e projetistas quebrarem a cabeça para encontrar uma resposta rápida ao problema, antes do início da temporada, programada para a semana que vem, com o GP do Bahrein.

Porém, determinados componentes que fazem parte do regulamento causam o acréscimo ao volume das estruturas. Essa questão foi confirmada pelo chefe dos assuntos de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, em entrevista coletiva durante os testes de pré-temporada em Sakhir.

“O problema com o peso é que certos componentes padrões acabaram sendo um pouco mais pesados ​​do que o previsto, e isso não estava no controle das equipes”, afirmou.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️As corridas do fim de semana na TV e no streaming: 10 a 13 de março

Já nos testes em Barcelona, a Red Bull reclamou dos problemas de peso (Foto: AFP)

Ainda sem solução, as equipes se uniram e entraram com um pedido à Comissão da FIA, com objetivo de aumentar em 3 kg o teto estipulado pela entidade máxima do esporte, que hoje é de 795 kg. Ciente da questão, Tombazis afirmou que a federação internacional quer resolver a questão sem que seja necessário penalizar os times.

“Queríamos compensar isso ou não penalizar as equipes”, destacou o chefe dos monopostos. “Obviamente, muitas equipes estão lutando com peso este ano, mais do que o normal. Como parte de todo o pacote, digamos, houve um acordo sobre uma proposta de aumento [do teto] em 3kg”, adicionou.

A avaliação da proposta está em andamento, mas o corpo técnico da FIA já identificou que as novas tampas das rodas, exigidas no novo regulamento técnico da Fórmula 1, deixaram o conjunto mais pesado do que o esperado durante o processo de desenvolvimento da regulamentação.

“Para ser justo, os pneus eram apenas um pouco mais pesados, acho que 100g [a mais que o total] em comparação com a previsão, um número bastante pequeno”, avaliou o grego. “Os aros das rodas tinham o mesmo peso das previsões, talvez um pouquinho menos. As calotas das rodas ficaram um pouco mais pesadas do que o esperado”, assumiu.

Calotas dos carros estão mais pesadas que o esperado pelo corpo técnico da FIA (Foto: AFP)

Diante do pedido das equipes, a FIA já está em busca por outras soluções que possam deixar a peça mais leve, mas sem a necessidade de encarecer o orçamento das equipes. “Estamos em um grande esforço para torná-las baratas, porque elas são bastante dispensáveis. E não queríamos ter que torná-las caras, poderíamos torná-las mais leves, de carbono ou algo assim”, disse. “As quantidades que foram feitas são bastante altas e isso poderia ter levado a um grande aumento de custo”, completou.

Uma outra solução que está em pauta, mas causa uma divisão entre os membros do Conselho da FIA, é modificações na estrutura do assoalho, com a instalação de aparatos que podem tornar a estrutura mais rígida. “Os projetos do assoalho de algumas equipes já podem ser mais rígidos do que outros”, analisou.

Porém, Tombazis salientou que as equipes têm livre escolha para seguir ou não neste caminho. “É opcional, não podemos forçar todos a executá-lo. Você perde um pouco de carga aerodinâmica por causa da presença do tubo ali. Então deixamos isso em aberto”.

A missão agora é que os integrantes do Conselho da FIA entrem em um consenso para definir quais mudanças ou pedidos serão aprovados antes do início da temporada. “Tivemos uma longa discussão e claramente havia pessoas com opiniões diferentes. Também havia a discussão do peso em pauta, então tentamos chegar a um equilíbrio sensato ou solução de compromisso. Espero que esteja tudo bem na Comissão de F1”, relatou.

Com o pedido encaminhado à entidade máxima do esporte, as equipes de F1 permanecem no processo de desenvolvimento dos carros durante os testes de pré-temporada no Bahrein.

GRANDE PRÊMIO acompanha a cobertura da pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein AO VIVO e em TEMPO REAL. A análise acontece no Briefing assim que as atividades em pista acabarem.

LEIA TAMBÉM
+McLaren lamenta ausência de Ricciardo em testes no Bahrein: “Nos coloca atrás”
+Szafnauer se anima com Alpine e diz que saída da Aston Martin “foi melhor para todo mundo”

HAAS ACERTA NA ESCOLHA DE MAGNUSSEN PARA TAPAR BURACO, MAS FUTURO NA FÓRMULA 1 É ASSUSTADOR
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.