Fim de série da Mercedes nos pontos e vitória inédita na era híbrida: as marcas da F1 em Baku

O GP do Azerbaijão, além da grande e imprevisível corrida, rendeu alguns fatos históricos para a Fórmula 1 no último domingo em Baku. A Aston Martin, por exemplo, foi ao pódio pela primeira vez na história, enquanto Sergio Pérez foi o primeiro piloto a vencer por duas equipes diferentes na era híbrida. A Mercedes também alcançou outras marcas, embora não tão gloriosas assim

Acidente do líder, erro do campeão e vitória de Pérez: os melhores momentos do GP do Azerbaijão (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

O GP do Azerbaijão trouxe um desfecho inesperado e um pódio ainda mais surpreendente ao consagrar Sergio Pérez, Sebastian Vettel e Pierre Gasly no último domingo (6) em Baku. A sexta etapa da temporada 2021 também rendeu à Fórmula 1 muitas marcas dignas de nota, algumas até inéditas na história do Mundial.

A começar pelo vencedor. ‘Checo’ Pérez, com o triunfo em Baku, tornou-se o primeiro piloto da Fórmula 1 a vencer por duas equipes diferentes na era híbrida de motores, em vigor desde 2014. No fim do ano passado, precisamente em 6 de dezembro, o mexicano alcançou a vitória no igualmente insano GP de Sakhir a bordo da Racing Point. Naquela ocasião, o circuito barenita foi palco de outro pódio improvável formado também por Esteban Ocon e Lance Stroll.

Pérez também alcançou, neste domingo, seu primeiro pódio com a Red Bull, e logo no lugar mais alto. A conquista fez do mexicano o primeiro piloto que não Max Verstappen a triunfar pela equipe tetracampeã do mundo desde quando Daniel Ricciardo venceu o GP de Mônaco de 2018.

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Sergio Pérez entre Sebastian Vettel e Pierre Gasly: o inédito pódio da F1 no Azerbaijão (Foto: Maxim Shemetov/ Red Bull Content Pool/Getty Images)

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Vettel alcançou o primeiro pódio da história da Aston Martin na Fórmula 1. Novo nome da equipe que já se chamou Jordan, Midland, Spyker, Force India e até 2020 se chamava Racing Point, a icônica marca britânica. A Aston Martin já esteve no grid da F1 entre 1959 e 1960, mas tinha como melhor resultado naquela época dois sextos lugares, conquistados por Roy Salvadori — nos GPs da Inglaterra e de Portugal de 1959. Há duas semanas, Vettel já havia marcado o melhor resultado da marca com o quinto lugar no GP de Mônaco. O pódio em Baku é, portanto, histórico para a Aston Martin.

Pela primeira vez, a Fórmula 1 viu uma combinação formada por Pérez, Vettel e Gasly em um pódio. Curiosamente, os três tiveram (ou tem, no caso do mexicano) passagem pela Red Bull. Ainda sobre o pódio, foi o terceiro conquistado por Gasly, mas o francês da AlphaTauri terminou uma prova em 3º pela primeira vez: Pierre foi segundo lugar no GP do Brasil de 2019, quando a equipe de Faenza ainda se chamava Toro Rosso, e faturou uma apoteótica vitória no GP da Itália do ano passado.

Ainda sobre as marcas positivas alcançadas neste fim de semana, o GP do Azerbaijão, quase sempre uma corrida surpreendente, teve seu quinto vencedor em cinco edições da prova, que em 2016 foi chamada de GP da Europa: Nico Rosberg, naquele ano; Lewis Hamilton, em 2017; Daniel Ricciardo, em 2018; Valtteri Bottas, em 2019; Sergio Pérez, em 2021. No ano passado, o GP do Azerbaijão entrou para a lista das corridas canceladas em razão da pandemia de Covid-19.

Max Verstappen ficou de mãos abanando depois da batida que resultou no seu abandono em Baku. O piloto sequer conseguiu desfrutar da volta mais rápida da prova, que lhe daria 1 ponto extra se tivesse terminado entre os dez primeiros. Mas a Red Bull alcançou um número redondo na estatística com a 70ª volta mais rápida na F1.

Por fim, entre as marcas positivas do domingo, destaque também para Fernando Alonso. O bicampeão do mundo, que voltou à Fórmula 1 neste ano com a Alpine, terminou em sexto lugar o GP do Azerbaijão depois de conquistar nada menos que quatro posições depois da relargada, ocorrida nas voltas finais. Alonso faturou assim seu melhor resultado no Mundial desde o GP da Austrália de 2018, na época em que defendia a McLaren.

Fim de semana tenebroso para a Mercedes

A heptacampeã Mercedes, soberana na Fórmula 1 desde o início da era híbrida, teve uma jornada pior ainda do que foi o GP de Mônaco de duas semanas atrás, quando viu Valtteri Bottas abandonar e Lewis Hamilton terminar em sétimo nas ruas do Principado.

Em Baku, foi a primeira vez que a equipe viu seus dois pilotos ficarem fora dos pontos em uma mesma corrida desde o GP da Áustria de 2018, período de 55 GPs, portanto. Mas se for levada em conta a ocasião em que os dois carros da equipe terminaram fora do top-10, mas chegaram a cruzar a linha de chegada, então a linha do tempo vai para ainda mais longe: o GP dos Estados Unidos de 2012, quando Nico Rosberg foi o 13º e Michael Schumacher terminou em 16º.

TOTO WOLFF; GP DO AZERBAIJÃO; F1; BAKU;
Toto Wolff se mostrou irritado com o novo revés da Mercedes na temporada (Foto: Steve Etherington/Mercedes)

Para Hamilton, também foi o fim de uma longa sequência na zona de pontuação. O heptacampeão do mundo, depois do abandono no GP da Áustria de 2018, sempre completou todas as corridas que disputou entre os dez primeiros. Nesta conta não entra, claro, o GP de Sakhir de 2020, que Lewis não disputou porque testou positivo para Covid-19 à época e foi substituído por George Russell.

O GP do Azerbaijão também foi a primeira corrida desde o GP da Espanha de 2016 em que os dois primeiros colocados do Mundial de Pilotos saíram sem pontos. A corrida daquele ano em Barcelona foi emblemática porque ficou marcada pelo acidente envolvendo Hamilton e Rosberg nas primeiras curvas do circuito catalão.

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