Steiner reconhece que “ficou tempo demais” na Haas e celebra “boa vida” longe da F1

Parece que Guenther Steiner tem aproveitado bastante o tempo longe da Fórmula 1. Depois de ter sido substituído por Ayao Komatsu na função de chefe de equipe da Haas no início desta temporada, o italiano disse que se arrepende de ter passado tanto tempo na equipe norte-americana.

“A vida tem sido boa desde que deixei a Haas antes desta temporada”, disse o ex-dirigente. “Essas últimas semanas foram a primeira vez que me afastei da F1 após aproximadamente uma década. Esse tempo tem sido bom para mim”, continuou.

Steiner assumiu o cargo de chefia em 2016, mesmo ano em que o time da Carolina do Norte estreou na categoria principal do automobilismo. O melhor resultado alcançado pela Haas na F1 foi em 2018, quando terminou em quinto lugar no Mundial de Construtores. A equipe nunca mais chegou perto de repetir tal feito, e Guenther chegou a culpar a falta de investimentos como principal motivo. Agora, longe da pressão de ter de buscar desempenho com uma escuderia pequena, o italiano se sente muito melhor.

“Quanto mais o tempo passa, mais eu vejo que fiquei muito tempo na Haas. Quando você se afasta, você tem clareza e pode ver o que precisa fazer. Enquanto você está lá, você está em negação, você acha que pode fazer as coisas, mas não pode”, desabafou.

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“Quando eu estava lá, com o que tínhamos, ainda podíamos lutar para ser sétimo, oitavo ou nono, mas não podíamos lutar por pódios sem as mesmas armas que as outras equipes”, lembrou ele. “Fazer isso a longo prazo não é o que eu quero fazer na vida. Não quero ficar em sétimo novamente. Já fiz isso. Quero ser capaz de lutar, de batalhar na frente”, declarou Steiner.

Para finalizar, o ex-comandante de Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen tomou as rivais como exemplo e explicou que, na F1, tudo depende de planejamento. Ele lembrou que Mercedes e Red Bull não chegaram ao topo da noite para o dia.

“Quando Toto Wolff começou na Mercedes, a equipe não estava no topo. Sim, eles tinham a vantagem do motor no início, mas ele preparou tudo corretamente para ter sucesso a médio prazo, e eles ganharam oito campeonatos de construtores. É a mesma coisa com a Red Bull. Quanto tempo levou para eles chegarem lá? A cada ano, eles continuavam melhorando. Você precisa dessa paciência e do planejamento de longo prazo”, finalizou Steiner.

Anteriormente, Guenther deixou clarou que não tem pressa para retornar à F1. Enquanto isso, o ex-dirigente fechou acordo com rede de TV para trabalhar como comentarista durante a temporada 2024.

A Fórmula 1 volta entre os dias 22 e 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

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