Hamilton rebate chefe e diz que relação tensa com Rosberg não prejudicou Mercedes em 2015

O agora tricampeão Lewis Hamilton insistiu em dizer que a difícil relação com Nico Rosberg não prejudicou a equipe Mercedes na temporada 2015, apesar das advertências dadas pelo chefão Toto Wolff. 

 

O dirigente não escondeu a preocupação que sente no que diz respeito à rivalidade entre seus dois pilotos. Para o austríaco, o tumultuado relacionamento da dupla é o maior ponto fraco da Mercedes. Wolff ainda deixou claro que, se a disputa entre dois começar a criar problemas dentro do time, os nomes nos cockpits podem mudar.

 

Respondendo às declarações do chefe nesta quinta (3), Hamilton afirmou que não há nenhuma evidência de que a sua relação com Rosberg esteja afetando o bom trabalho da Mercedes. 

"É um pouco louco tudo isso e talvez eles não devessem nos chamar de companheiros de equipe", afirmou o inglês em entrevista à BBC Radio 1. "O problema é que existem dois campeonatos, enquanto no futebol, por exemplo, há apenas um", disse.

 

"Para nós, há o Mundial de Construtores, que eles que nos contratam e nos pagam para disputar, mas individualmente queremos também ganhar o Mundial de pilotos. Por isso, é tão difícil. Mas esse lado [da tensão entre colegas de equipe] é sempre fora de proporção. Tivemos 16 dobradinhas neste ano, então a nossa relação não está de fato causando nenhum problema", explicou o tricampeão.

 

"Não é como se ele se distraiu com algo e não terminou as corridas ou vice-versa, então eu acho que, em última análise, as pessoas pensam que já está tudo garantido. Mas nós dois fizemos um excelente trabalho. Nós não causamos nenhum problema para a equipe e o clima lá dentro nunca esteve tão bom", acrescentou.

 

"Nós nunca vamos ser os melhores amigos, mas, de alguma forma, nós vamos fazer tudo funcionar bem. Há momentos de tensão, mas isso acontece em qualquer esporte", declarou Hamilton.

 

Depois de ver o rival o derrotar nas três últimas provas do ano, o britânico assegurou que está confiante na volta por cima em 2016. "Eu me sinto muito bem. Já estou correndo há 22 anos e tudo que fiz no passado deu certo. Nestes dois últimos anos, eu realmente fui muito forte, mas você nunca sabe o que vai acontecer, mas eu vou continuar a trabalhar muito, fisicamente também, e a meta é voltar ainda mais forte", encerrou.

 

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