Kolles garante contrato de compra da Caterham foi respeitado: “Administradores não estão vendo quadro claro”

O romeno Colin Kolles garantiu que o Engavest fez sua parte na negociação de compra da Caterham e afirmou que fábrica precisa reabrir até sábado para permitir envio dos carros para Austin

O grupo que comprou a Caterham de Tony Fernandes no meio deste ano pagou de acordo com o que estava estabelecido no contrato de compra e venda. É o que assegura Colin Kolles, que representa o fundo Engavest no mundo da F1. O romeno alega que a administração judicial que assumiu o controle da fabricante dos carros é que precisa entender melhor o imbróglio.

Na tarde de quarta-feira, o grupo que comprou a Caterham em negociação anunciada na semana do GP da Inglaterra anunciou que estava devolvendo a escuderia para seu antigo dono. Segundo eles, as ações não foram transferidas ao seu comando.

Vida da Caterham não está nada fácil (Foto: Beto Issa)

Fernandes rebateu e disse que de fato não passou judicialmente o controle do time de F1 para os compradores porque os pagamentos que deveriam ter sido executados simplesmente não aconteceram.

Kolles culpa a administração judicial que teve início na semana passada na Caterham Sports Ltda. pela crise que eclodiu nas últimas horas.

“Vocês precisam entender que este acordo foi fechado em uma base de divulgação plena e que todas as condições e precedentes foram respeitadas pelo comprador”, declarou o romeno. “Temos a nossa posição e não há nada mais a dizer. Mas os administradores não estão vendo um quadro claro.”

De acordo com o dirigente, que já passou por Jordan, Midland, Spyker, Force India e HRT, os administradores precisam compreender que os carros e equipamentos da equipe de F1 pertencem à empresa 1MRT, não à Caterham Sports Ltda.

“Nós dissemos com clareza: os carros e equipamentos são da 1MRT. Esse é um fato simples. É assim que foi escrito por Fernandes para Riad Asmat em 2011. Se os administradores pensam que eles precisam parar a fábrica e têm uma opinião diferente da nossa, então precisamos entrar na justiça por danos”, afirmou.

Ainda disse que, durante todo o processo, “Tony Fernandes se recusou a falar com o comprador”, e ironizou os administradores quando foi perguntado se há potenciais novos compradores para o time: “Talvez ele queira ser o próximo chefe de equipe”.

Segundo Kolles, a participação da Caterham no GP dos Estados Unidos depende da liberação da fábrica do time até sábado, dia marcado para o envio dos carros para Austin. “Todos estão preparados. O problema é que, se os administradores não vão mudar de ideia, fica difícil”, reclamou. Nesta quinta-feira, a base na cidade de Leafield, no Reino Unido, estava trancada.

Análise: Agonia da Caterham mostra que
F1 não tem mais espaço para aventureiros

Gene Haas que se cuide. A F1 não é nada simpática com as equipes pequenas do grid. A Caterham, que começou como uma aventura do magnata malaio Tony Fernandes, está melancolicamente indo para o buraco.

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