Massa esquece anos “não muito fortes” na Ferrari e já se vê guiando tão bem quanto em 2008

Felipe Massa comparou o atual momento vivido na F1 com a temporada de 2008, quando quase chegou ao título mundial e terminou como vice-campeão. A única diferença, na visão do brasileiro, é não contar com o melhor carro do grid. O piloto também exaltou a harmonia e o trabalho em conjunto com a Williams e disse que teve “alguns motivos” para não estar tão forte nos seus últimos anos de Ferrari

Recentemente, Rob Smedley, chefe de engenharia e performance da Williams e engenheiro de Felipe Massa nos tempos de Ferrari, exaltou a forma do piloto brasileiro, colocando-o no mesmo patamar do seu grande momento na F1, ocorrido em 2008, quando lutou até o último segundo pelo título mundial. Às vésperas do GP do Bahrein, onde venceu justamente naquele ano, Massa foi questionado sobre as palavras do amigo britânico e avaliou de forma positiva seu desempenho e, sobretudo, seu período ascendente desde a metade final da temporada passada. O piloto, muito feliz com o entrosamento e a harmonia dentro da Williams, já se vê guiando tão bem quanto no ano do seu melhor resultado na carreira, ocorrido na Ferrari. No entanto, Felipe prefere deixar no passado os anos “não muito fortes” em Maranello.

Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (16) em Sakhir, palco do GP do Bahrein, Massa falou sobre o seu momento atual na F1. “O que eu posso dizer é que estou muito feliz pela maneira como estamos trabalhando com a equipe, com meu engenheiro, com todos. Se você voltar para a primeira metade da temporada passada, tive azar e então muitas coisas aconteceram de forma diferente, e de uma maneira nada consistente. Porém, a segunda parte do campeonato foi muito boa.”

Consistência nas últimas corridas dão confiança extra a Felipe Massa, quarto colocado na temporada 2015 (Foto: Getty Images)

Felipe observou que um dos fatores que estão influenciando de forma positiva sua jornada pela Williams passa pela compreensão do comportamento dos pneus, fator que foi justamente seu calcanhar de Aquiles nos últimos anos correndo pela Ferrari. “Da mesma forma que eu fiz as últimas quatro corridas da temporada, fiz também essas três corridas. Acho que, com a consistência pela maneira como terminei a temporada até agora, posso tirar tudo o que eu posso do carro e usá-lo da melhor forma possível, com voltas muito boas na classificação e também uma boa condição de gestão dos pneus na corrida”, salientou o brasileiro.

Em comparação com o desempenho de Massa nas três primeiras corridas nas temporadas de 2014 e 2015, a pontuação neste ano é muito mais significativa: no último campeonato, o piloto somou apenas 12 pontos (seis na Malásia e outros seis no Bahrein), enquanto em 2015 Felipe já tem 30 pontos (12 na Austrália, oito em Sepang e dez em Xangai). Razões pelas quais o brasileiro acredita que está em grande fase, como em 2008. Porém, diferente daquele Mundial, Massa não conta com o melhor carro do grid.

“Acho que sim. A única coisa é que estávamos lutando pelo título em 2008, e agora, não. Claro que, em 2008, talvez tivéssemos o melhor carro, e agora talvez sejamos a terceira força no campeonato, mas eu me sinto muito bem, sinto que estou guiando muito bem e posso tirar tudo do carro da melhor forma possível. É bom ter esse sentimento, isso te dá confiança extra, a equipe trabalha para você para entender tudo o que você diz, para tentar desenvolver tudo com base no que você fala, mas também no que eles acreditam que é correto, em conjunto, e acho que isso é fantástico. Um piloto jamais pode fazer tudo sozinho”, declarou.

“Você precisa ter todo o grupo trabalhando pelo melhor do piloto, e acho que tudo isso conta muito para mim. E também, muitos de vocês escreveram que meu acidente mudou completamente minha maneira de dirigir, e talvez isso não seja o correto”, acrescentou Felipe ao fazer menção ao mais grave acidente sofrido em sua carreira, no GP da Hungria de 2009, que acabou por afastá-lo de todo o restante daquela temporada.

Por fim, Massa disse que prefere deixar o seu passado na Ferrari para trás, sobretudo os anos difíceis que marcaram o fim do seu ciclo por Maranello. “Tive alguns motivos, mas não vou colocar esses motivos na mesa. Porém, tive algumas razões para não estar muito forte nas últimas temporadas com a Ferrari. O passado é o passado, estou trabalhando pelo presente, o que é o melhor”, finalizou o atual quarto colocado do Mundial de F1 em 2015.

GUERRA À VISTA?

Se depois do GP da Malásia, palco da surpreendente e brilhante vitória de Sebastian Vettel, a Mercedes ligou o sinal de alerta por conta da proximidade da Ferrari, a etapa chinesa do domingo passado trouxe preocupações maiores aos alemães mesmo com a dobradinha. Agora, a esquadra prateada terá de lidar com um novo capítulo da rivalidade entre seus dois pilotos. E o primeiro embate entre a dupla está marcado para este fim de semana, na corrida do Bahrein, a quarta da temporada.

SURPRESA À VISTA?

A Indy parte para a terceira etapa da temporada em um dos seus palcos mais tradicionais. Neste final de semana, Long Beach verá a Ganassi tentando quebrar um jejum de vitórias de cinco anos na pista, enquanto a Penske busca apenas o segundo triunfo nas últimas 14 edições, marcas que mostram o quanto a prova californiana costuma ser imprevisível. Trata-se do primeiro grande desafio para a Penske provar que a supremacia apresentada em St. Pete não foi momentânea.

DUELO À VISTA?

Ao contrário do que aconteceu em 2014, quando a diferença entre Honda e Yamaha era maior no início do ano, hoje os dois times começaram mais próximos e com Valentino Rossi em grande forma. A prova de Austin foi um exemplo disso. Com a YZR-M1 mais próxima da RC213V, Valentino Rossi consegue brigar com Marc Márquez mais facilmente, mas, agora, a disputa que antes envolvia os quatro fantásticos — #93, #46, #26 e #99 — hoje tem também a presença da Ducati.

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