Como Verstappen conseguiu ser punido cinco vezes no GP da Arábia Saudita de F1
Com manobras irregulares para defender a posição e até um brake-test, Max Verstappen viveu um domingo de pesadelo na Arábia Saudita
Max Verstappen foi um dos protagonistas do polêmico GP da Arábia Saudita, disputado no último domingo (5), mas não necessariamente pelo lado positivo. O holandês lutou com Lewis Hamilton pela vitória na corrida noturna em Jedá, mas teve uma jornada marcada por decisões erráticas e até um perigoso brake-test, no meio da reta, que causou o incidente mais controverso da prova com a batida do piloto da Mercedes na traseira do carro da Red Bull. No fim das contas, ao longo de uma prova de 50 voltas e duas interrupções com bandeira vermelha, Verstappen sofreu nada menos que quatro punições, enquanto outra foi anunciada horas depois do desfecho da disputa.
A primeira das punições sofridas pelo holandês aconteceu depois da primeira relargada. Beneficiado pela estratégia da Red Bull, que optou por não chamá-lo para trocar pneus durante o período de safety-car após acidente com Mick Schumacher — bandeira amarela que depois virou vermelha com a primeira interrupção da corrida —, Verstappen assumiu a liderança da prova e tinha Hamilton em segundo.
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Foi assim que os dois partiram, lado a lado, para a segunda largada da corrida. Só que Hamilton largou muito melhor que o rival, e Verstappen cortou a curva 1 e retomou a liderança ao exceder os limites de pista, voltando à frente de Hamilton e de Esteban Ocon.
Após toda a bagunça com os acidentes sofridos por Sergio Pérez, George Russell e Nikita Mazepin, veio nova bandeira vermelha. E aí a direção de prova, depois de negociar com a Red Bull, determinou que Verstappen cedesse as posições para Hamilton e Ocon, ficando assim em terceiro no grid para a terceira largada da noite.
Já na metade final da corrida, depois de breve intervenção do VSC, Hamilton foi pra cima de Verstappen, acionou a asa móvel pela primeira vez e quase fez a ultrapassagem na curva 1. O holandês não deu espaço, e os dois foram para fora da pista, num repeteco do que aconteceu em Interlagos.
Na sequência daquela volta 37, um misto de falha bizarra de comunicação por parte da FIA e uma atitude temerária de Verstappen, que reduziu a velocidade bruscamente e acionou a terceira marcha no meio da reta. Naquele momento, Max teria de devolver a posição para Hamilton, e a Red Bull o aconselhou a fazê-lo de forma estratégica. Foi quando aconteceu o momento mais polêmico da corrida.
Com sete voltas para o fim da corrida, veio a terceira sanção e, logo depois, a quarta. Isso porque Max havia sido instruído pela direção de prova a, novamente, devolver a posição para o rival. Hamilton conseguiu passar Verstappen, mas o holandês retomou a primeira posição em seguida. Logo depois, a FIA anunciou punição a Max por ter cortado caminho na curva e ter obtido vantagem. 5s de acréscimo para o holandês no tempo total de prova.
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Cerca de três horas depois da bandeirada, a direção de prova da FIA para a Fórmula 1 anunciou a quinta punição imposta a Verstappen. O piloto da Red Bull foi considerado pelos comissários como “predominantemente culpado” pelo incidente com Hamilton no brake-test. Max teve 10s acrescidos ao seu tempo total de prova, mas na prática nada mudou, já que o holandês se manteve na segunda colocação do caótico e polêmico GP da Arábia Saudita.
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