McLaren valoriza franqueza ao expor falha inicial de MCL60: “Verdade constrói alicerce”

Andrea Stella, chefe da McLaren, disse que tem uma estratégia muito simples: dizer as coisas como elas são, e ele entende que essa também é uma filosofia de trabalho da equipe

O salto de desenvolvimento da McLaren na segunda metade da temporada 2023 da Fórmula 1 foi uma das gratas surpresas do ano, e o chefe, Andrea Stella, acredita que isso só foi possível porque a equipe jogou limpo com todos desde o início a respeito da falha inicial no projeto do MCL60. O italiano defendeu a franqueza em admitir o erro publicamente, pois isso é algo que faz parte “da cultura da equipe”.

Ainda durante os testes coletivos, o diretor-executivo, Zak Brown, admitiu que a equipe não tinha cumprido as metas de desenvolvimento colocadas para 2023. Foi preciso um trabalho intenso com um único foco: trazer uma versão ‘B’ do MCL60 em três pacotes de atualizações com o intuito de fechar o ano em quarto no Mundial de Construtores.

E foi exatamente o que aconteceu com o time de Woking. Do GP da Inglaterra em diante, o time subiu ao pódio nove vezes — sete com Lando Norris e duas com Oscar Piastri — e ainda viu o #81 vencer a corrida sprint do GP do Catar, atingindo o alvo estabelecido. Na tabela, ficou atrás apenas de Ferrari, Mercedes e Red Bull.

Stella falou sobre a abordagem sincera com a qual lidou durante a primeira parte da temporada com imprensa e os torcedores. Ao site da revista inglesa Autosport, explicou que a estratégia “é muito simples: dizer as coisas como elas são”.

Lando Norris assinalou sete pódios na segunda metade de 2023 (Foto: AFP)

“Se você criar histórias que não refletem a realidade, até poderá sair impune por um curto prazo, mas não construirá alicerces. Se quisermos criar alicerces, precisamos nos ater só ao que sabemos, ao que achamos que é verdade”. acrescentou.

“Eventualmente, preferiria dizer ‘não posso comentar sobre isso porque não quero entregar aos nossos rivais ou porque é delicado, ou simplesmente porque não tenho certeza e não quero dar uma opinião só para mostrar que posso falar sobre qualquer coisa’. Prefiro não dizer [nada]”, completou o chefe.

Em seguida, Andrea enfatizou que o tom adotado ao longo da última temporada reflete a forma como a McLaren trabalha internamente. Em outras palavras, é algo que “pertence à cultura” do time.

“Honestidade intelectual, rigor, são muito importantes. E não são importantes porque são coisas que eu tenho. São importantes porque pertencem à nossa cultura como equipe”, frisou.

“Isso quer dizer que é uma expectativa de qualquer pessoa que trabalha na McLaren. Honestidade intelectual, rigor, reconhecer os fatos como eles são. Porque a partir do momento que entendemos isso, podemos fazer algo a respeito. Mas criar depois dos fatos é uma abordagem de curta duração”, concluiu.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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