Mercedes abandonaria GP se Grosjean tivesse lesões mais graves: “Vida é mais importante”
Toto Wolff defendeu a Fórmula 1 das criticas por ter exibido replays do acidente de Romain Grosjean por entender que é preciso ser transparente no mundo de hoje
Toto Wolff afirmou que a Mercedes abandonaria o GP do Bahrein de domingo (29) se Romain Grosjean tivesse sofrido lesões mais graves no assustador acidente de Sakhir. O dirigente defendeu que existem coisas mais importantes do que uma corrida.
19º no grid, Grosjean procurava espaço para ultrapassar ainda nos primeiros metros da corrida barenita, mas tocou na AlphaTauri de Daniil Kvyat e seguiu em alta velocidade na direção do muro na curva 3. O guard-rail não conteve o bólido, que não só foi partido ao meio, como também explodiu após um impacto de 53G.
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Romain ficou 28s sob fogo, mas conseguiu sair sozinho do carro e pular o que restava do guard-rail para ser amparado pela equipe médica da Fórmula 1, que chegou prontamente ao local do acidente. O franco-suíço teve queimaduras nas mãos e no tornozelo, mas deve sair do hospital na terça-feira.
Falando aos jornalistas após a corrida, Wolff contou que discutiu o acidente brevemente com Lewis Hamilton antes da relargada e confirmou que a Mercedes não estaria no grid se Grosjean tivesse sofrido lesões maiores.
“Nós tivemos uma breve conversa na sala dele para discutir o acidente, mas, naquele ponto, já tínhamos visto que Romain estava fora do carro”, disse Wolff. “Acho ― Deus nos livre ― que se ele tivesse se machucado mais do que aquilo, nós provavelmente teríamos nos retirado da corrida de hoje. A saúde e a vida de um homem é muito mais importante do que a corrida”, defendeu.
Ao contrário de Daniel Ricciardo, que condenou os replays do acidente exibidos ao longo da transmissão, Wolff considerou que foi importante mostrar as imagens.
“Acho que no mundo moderno, você não consegue esconder mais nada”, comentou o chefe da Mercedes. “Se a FOM não mostra, então outra pessoa terá um celular no local e vai filmar, então precisamos ser transparentes”, defendeu.
“Aquelas imagens são assustadoras e gráficas, mas se você não é transparente enquanto organização, está só correndo o risco de que alguma outra pessoa mostre coisas que estão além do seu controle”, ponderou.
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