Mercedes cita “reconstrução” e dilema entre “piloto sem pressão por vitórias” e “experiente”

Toto Wolff admitiu que é hora de fazer algo diferente após três temporadas oscilantes sob o atual regulamento, por isso a Mercedes considera se seria o momento de apostas em Andrea Kimi Antonelli ou não

Realista quanto às chances de brigar por vitórias na Fórmula 1 sob o atual regulamento, a Mercedes explicou por que olha com bastante atenção para Andrea Kimi Antonelli. O chefe da equipe, Toto Wolff, citou que a fase atual é de “reconstrução”, portanto seria a oportunidade para o jovem da base dos alemães subir para a principal categoria do automobilismo mundial sem a pressão por vitórias.

O time de Brackley, na verdade, possui duas linhas de pensamento quando o assunto é quem será o substituto de Lewis Hamilton em 2025, o último ano das regras vigentes. Além da aposta no pupilo de 17 anos, Wolff afirmou que também considera ir atrás de um piloto já experiente para ajudar o time a sair do posto de coadjuvante e voltar à ponta do grid.

Na última semana, o jornal alemão Bild divulgou que a Mercedes considerava três nomes apenas para estar ao lado de George Russell. Um deles era Fernando Alonso, que surpreendeu ao anunciar renovação “multianual” com a Aston Martin. O outro é Max Verstappen, cuja permanência na Red Bull foi posta em xeque em meio ao Caso Horner, porém a poeira parece ter baixado em Milton Keynes.

O terceiro da lista é Antonelli, que faz sua temporada de estreia na Fórmula 2 após ter pulado a F3. Wolff já havia deixado claro, inclusive, que o piloto da Prema é “um candidato muito forte“.

Andrea Kimi Antonelli na Mercedes em 2025? (Foto: Prema)

Durante a passagem da F1 por Suzuka, no Japão, Wolff falou à imprensa sobre a futura escolha da Mercedes. “Podemos olhar para isso de várias perspectivas. Acredito que estamos em uma fase de reconstrução.”

“É necessário reconhecer que, após três anos de aplicação destas regras, temos de fazer as coisas de forma diferente do que fizemos no passado, sem descartar o que acreditamos ser bom na maneira como conduzimos”, continuou Toto. “Isso pode significar colocar um jovem piloto e dar a ele uma oportunidade com menos pressão de lutar por vitórias imediatas ou colocar um mais experiente no carro que possa nos ajudar a sair do atual quadro de desempenho”, detalhou.

Durante a coletiva de imprensa, Wolff também foi indagado sobre o programa de testes que Antonelli vai realizar este ano e se colocá-lo ao volante de um F1 antes de agosto — quando Kimi completará 18 anos — indicava pressa em avaliá-lo. O austríaco, contudo, disse que as atividades não mudaram.

“O programa de Kimi a bordo de um Fórmula 1 já existe há muito tempo e não mudou tanto nas últimas semanas. O que fizemos foi adicionar mais dias, mas o que será visto nos próximos meses está em vigor, independentemente se ele vai ou não estar em um carro de F1 no ano que vem”, seguiu.

O primeiro contato de Antonelli com o carro da Mercedes será na Áustria, ao volante do W12, modelo da temporada 2021. “Queremos dar a ele a sensação de como é um carro realmente bom antes de colocá-lo no de 2022!”

“Claro que ele é nosso garoto há muito tempo e estamos ansiosos para ver o que ele é capaz de fazer em um carro de Fórmula 1”, completou Wolff, usando, por fim, Oliver Bearman, reserva da Ferrari e parceiro de Kimi na Prema, como exemplo. “Foi revigorante ver o quão competitivo Ollie Bearman foi na Arábia Saudita. Sem treinos livres, alta velocidade, pista complicada, e ele foi bem. Então Kimi se sairia bem”, concluiu.

Fórmula 1 volta entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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