Mercedes defende Red Bull/AlphaTauri e diz que regulamento da F1 impede benefícios
Diretor-técnico da Mercedes, James Allison afirma que regras “são muito rígidas” quanto ao compartilhamento de informações técnicas entre equipes, impossibilitando qualquer vantagem que Red Bull ou AlphaTauri possam ter
Após o CEO da McLaren, Zak Brown, se manifestar contra o relacionamento cada vez mais próximo entre a Red Bull e a AlphaTauri, alegando que “isso pode dar a alguém uma vantagem injusta”, o diretor-técnico da Mercedes, James Allison, saiu em defesa e descartou qualquer tipo de preocupação com a situação. De acordo com o britânico, as regras atuais da Fórmula 1 são muito rígidas em relação ao compartilhamento de informação técnica, impossibilitando benefícios.
Em uma tentativa de fazer com que a AlphaTauri conquiste melhores resultados em 2024, a Red Bull tem trabalhado duro na reformulação de sua equipe irmã. Além das mudanças na estrutura de trabalho e o aumento do número de peças que agora serão adquiridas dos taurinos, o time de Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo – que ainda não anunciou seu novo nome para a temporada – também terá um novo chefe de equipe, Laurent Mekies, escolhido para ocupar a posição deixada por Franz Tost.
“Não tenho certeza de qual é a natureza das relações entre essas duas equipes, mas sei quais são as regras”, alertou Allison, que teve recentemente o contrato renovado com a Mercedes.
“Eu sei que, além da parte muito limitada do carro onde você tem permissão para fornecer peças e, portanto, uma certa quantidade de dados técnicos junto com essas peças, em todos os outros aspectos as regras são muito rígidas sobre não repassar nada que possa ser considerado propriedade intelectual de uma equipe para outra. A forma como essa regra está escrita é muito ampla e poderosa, e praticamente torna qualquer comunicação proibida.”
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O diretor-técnico ressaltou que duas equipes até podem trabalhar de forma mais próxima, contanto que a relação entre elas seja puramente comercial. Allison ainda admite que, no passado, como as regras eram mais permissivas, a própria Mercedes chegou a ter parceria com outro time.
“Se duas equipes têm um relacionamento forte entre si, só pode ser realmente um relacionamento comercial forte. Não pode ser uma relação técnica forte ou desportiva forte porque as regras proíbem isso”, alertou James.
“No passado era mais aberto, e o relacionamento que a Mercedes tinha com a equipe que hoje é a Aston Martin, na época era um relacionamento que permitia uma liberdade muito maior do que hoje. Em resposta a esse relacionamento, as regras ficaram substancialmente mais rígidas para significar que não se pode realmente ter um relacionamento técnico ou esportivo”, concluiu o engenheiro da Mercedes.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.
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