Chefe da Mercedes recorda falha de Russell em Ímola e pede “tempo aos jovens pilotos”

Toto Wolff justificou, de certa forma, por que não escolheu George Russell para ser titular da Mercedes já em 2021. O dirigente austríaco lembrou que o prodígio ainda precisa amadurecer, ainda que tenha deixado ótima impressão no GP de Sakhir: “Nós acreditamos em George”, garantiu

A performance incrível de George Russell no GP de Sakhir, realizado em 6 de dezembro de 2020, na chance até agora ímpar que o prodígio britânico teve ao pilotar o carro da Mercedes e ter ficado muito perto da vitória no anel externo barenita, levou muitos fãs ao redor do mundo a pedir o nome do piloto como titular da equipe heptacampeã já em 2021. O clamor veio também na esteira de uma performance muito ruim de Valtteri Bottas naquela corrida. Contudo, é o finlandês quem tem contrato com o time de Brackley para a nova temporada, enquanto Russell vai para seu terceiro ano na Williams. Mas o que justifica a espera ao não promover o jovem agora? Toto Wolff, chefe da Mercedes, entende que a situação passa por um maior tempo de amadurecimento.

E para embasar sua tese, o dirigente austríaco lembrou que um jovem como Russell, com apenas duas temporadas de experiência na Fórmula 1, ainda é muito sujeito a erros, citando a emblemática falha no GP da Emília-Romanha do ano passado, em Ímola, onde George cometeu um erro, perdeu o controle do carro da Williams durante período de bandeira amarela, quando todos estavam mais lentos, e bateu no muro, perdendo assim a chance mais nítida de pontuar pela equipe de Grove.

GEORGE RUSSELL; FÓRMULA 1; GP DE SAKHIR;
Toto Wolff sinaliza que George Russell vai ter de esperar um pouco mais pela chance na Mercedes como titular (Foto: F1/Twitter)

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“Conquistar títulos de Fórmula 1 é cometer o mínimo de erros. E isso só vem com rotina e experiência. A Mercedes espera esse tipo de desempenho sustentável. E é por isso que você precisa dar tempo aos jovens pilotos”, declarou o chefe da Mercedes em entrevista à revista britânica Autosport.

“Porque, apesar da exuberância que ficou nítida depois da performance que nós vimos de George [em Sakhir], ao mesmo tempo jovens pilotos vão ser criticados, e serão rapidamente criticados quando eles cometerem erros em pressão tão alta em razão do ambiente de uma equipe de ponta”, explicou.

“É por isso que experiências como a de Ímola, e o aprendizado em torno disso isso, são muito importantes para formar um piloto que possa ter uma performance sustentavelmente alta”, acrescentou o dirigente.

Wolff, contudo, deixou claro que Russell é a grande aposta para o futuro da Mercedes. “Nós acreditamos em George porque não há muitos pilotos por aí que venceram campeonatos na base como novatos, especialmente campeonatos muito fortes como os da GP3 e da Fórmula 2”.

“Para nós, [o GP de Sakhir] foi uma possibilidade de confirmar o que estávamos pensando sobre George. Uma pena que essa oportunidade veio com a ausência de Lewis”, citou Toto, mencionando que Lewis Hamilton, ainda sem contrato com a Mercedes, esteve fora daquela corrida por ter testado positivo para Covid-19. Daí a opção por Russell como escolha imediata para ocupar o lugar do heptacampeão no Bahrein.

“Eu queria que tivesse acontecido de uma maneira diferente, mas isso nos deu um conjunto de pontos e informações para analisar. E, de certa forma, isso afirmou como o julgamos. Também foi uma vantagem para ele e para a Williams. Ele voltou para sua equipe com mais aprendizado, com mais entendimento. E é por isso que acho que para ele pessoalmente e para a Williams foi uma vantagem”, finalizou.

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