Mercedes vê W15 “o menos pior” com efeito-solo, mas duvida de progresso a curto prazo

Toto Wolff foi realista ao falar sobre as atuais chances da Mercedes em fins de semana e disse que o W15 "não é um carro confortável para o piloto se lançar em curvas a 320 km/h"

Depois de zerar o GP da Austrália — o que não acontecia desde 2021, no Azerbaijão —, a Mercedes chega ao Japão precisando de um resultado significativo para impedir que a McLaren se distancie tanto na classificação, porém Toto Wolff admitiu que duvida de um progresso imediato em termos de performance. Embora admita que o W15 é “o menos pior” dos carros construídos sob o novo regulamento, o chefe da esquadra alemã reiterou que ainda há muito trabalho pela frente.

O início de temporada da Mercedes tem sido marcado pela instabilidade. O melhor resultado até o momento foi o quinto lugar de George Russell no Bahrein, abertura do Mundial. Na Austrália, a situação foi ainda mais dramática, pois além da forte batida do #63 na última volta, Lewis Hamilton abandonou por conta de uma quebra de motor.

Isso permitiu à McLaren abrir 29 pontos de vantagem na classificação e se consolidar em terceiro (55 × 26), atrás apenas de Ferrari (93) e Red Bull (97). No Japão, circuito que traz uma combinação de curvas de alta e trechos que exigem do downforce do carro, a Mercedes terá mais um desafio pela frente, e Wolff reconheceu que a questão é que o carro atual ainda peca em velocidade.

Ao canal Fox Sports da Austrália, Toto fez um resumo sobre o desempenho do W15. “Um pouco como há dois anos. Acho que este é o menos pior.”

Melhor resultado da Mercedes até aqui foi com George Russell no Bahrein (Foto: Mercedes)

“Portanto, é uma plataforma melhor para trabalhar, mas ainda não é um carro em que o piloto se sente confortável para se lançar em curvas a 320km/h”, assumiu.

Ao ser indagado se os problemas identificados podem ser solucionados a curto prazo, o austríaco negou e disse que “olha para tudo com uma perspectiva de muito longo prazo”.

“Faço parte da equipe como chefe, coacionista e quero olhar para trás em dez, 20 anos e dizer que ganhamos muitos mais campeonatos, mas temos de ser realistas sobre o que podemos alcançar em um único fim de semana”, seguiu.

“Não estamos onde queremos, apenas precisamos nos esforçar ao máximo, trabalhar duro, continuar adicionando desempenho e, eventualmente, ser mais competitivos, mas duvido que aconteça amanhã”, concluiu Wolff.

Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 neste final de semana, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.

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