Perto da Indy, Hülkenberg admite fim da linha na Fórmula 1: “O bonde passou”

Nico Hülkenberg vai testar com a McLaren nesta segunda-feira. Antes, o alemão acompanha o fim de semana do GP dos EUA como reserva da Aston Martin, mas ciente que não terá chances reais de voltar ao grid da F1

Como começou a mais nova polêmica entre Verstappen e Hamilton na F1 (Vídeo: F1TV)

Nico Hülkenberg se prepara para testar pela primeira vez o carro da Indy. O alemão foi chamado pela McLaren para guiar na próxima segunda-feira no circuito de Barber, no Alabama. A escuderia britânica, que já tem Pato O’Ward e Felix Rosenqvist confirmados como titulares no ano que vem, avalia a chance de alinhar um terceiro carro em parte da temporada 2022. Nico, que recentemente viu o nascimento da sua primeira filha, Noemi Sky, com a noiva, Eglé Ruskyté, se prepara para encarar um novo horizonte na carreira depois de ver as portas da Fórmula 1 fechadas para um eventual retorno como titular.

Hülkenberg, de 34 anos, está em Austin para o fim de semana do GP dos Estados Unidos de Fórmula 1 e acompanha as atividades no Circuito das Américas como reserva da Aston Martin, ficando à disposição da equipe britânica caso Lance Stroll e Sebastian Vettel estejam impossibilitados de disputar a sequência do fim de semana.

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Nico Hülkenberg parte para um novo horizonte na carreira sem arrependimentos sobre a F1 (Foto: Renault)

Foi como suplente da antecessora da Aston Martin, a Racing Point, que Nico fez suas últimas corridas na Fórmula 1: os GPs da Inglaterra e dos 70 Anos da F1, em Silverstone, no lugar de Sergio Pérez, e o GP de Eifel, em Nürburgring, no lugar de Stroll.

Em entrevista ao site norte-americano Motorsport, Hülk ressaltou justamente o período longe de um carro de corridas. O germânico, dono de uma pole-position, no seu ano de estreia na F1, pela Williams, em 2010, se mostrou empolgado com a chance de poder desbravar um novo destino na sua carreira como piloto.

“Claro que estou animado para pilotar novamente. Não piloto um carro acho que já faz quase um ano, desde aquela entrada doida de última hora”, recordou Nico ao falar sobre como foi chamado para correr pela Racing Point em Nürburgring em outubro do ano passado.

Ao comentar sobre o teste com a McLaren na Indy em Barber, o alemão reconheceu que se trata de uma grande chance para voltar a competir. “Estou animado e ainda sinto que tenho algumas boas voltas a fazer. Portanto, estou aprendendo sobre o carro. Assisti às últimas corridas e meu coração está nas corridas de monopostos. Obviamente, a Fórmula 1 não vai acontecer, então você procura a melhor alternativa, e a Indy é, definitivamente, interessante”.

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean fez uma grande temporada de estreia na Indy em 2021, pela Dale Coyne, e teve a chance de assinar um contrato plurianual com uma das melhores equipes do grid: a Andretti, a partir do ano que vem. Mas Nico não vê no franco-suíço uma inspiração para correr na Indy, por exemplo.

“Na verdade, não. Não é Romain, é simplesmente meu desejo de correr num monoposto no nível mais competitivo possível que estiver disponível para mim. E esses carros são muito legais, as corridas são boas. Parece muito agradável e divertido”, elogiou o piloto, que se vê pronto para voltar a correr em 2022, mas lembrou que a decisão cabe à McLaren.

“Acho que sim, nas circunstâncias certas. É uma decisão da equipe, sobre quantos carros eles vão colocar no campeonato. Mas precisamos andar antes de correr. Vou fazer o teste e depois, obviamente, vou saber mais sobre isso, então aí vamos sentar juntos e conversar”, emendou Hülk, que deixou claro que não teria problemas em se mudar com a família para os Estados Unidos. “Isso é muito viável, especialmente com uma bebê, porque você não tem de tirar as crianças da escola, essas coisas. Então é a hora para fazer isso”.

Ao falar sobre a Fórmula 1, Hülkenberg admitiu o que já se desenhava em cores vivas há tempos. “Tenho de ser realista. Esse bonde provavelmente passou, especialmente levando em conta a situação de hoje. Faz parte. Obviamente, como piloto, você faz parte do processo de decisão, mas as equipes, em última análise, são quem tomam as decisões, e algumas equipes têm gostos ou decisões questionáveis”, criticou.

Nico lamentou não ter chances em meio a um grid com grandes pilotos em uma parte, mas com outros competidores que, em sua opinião, têm capacidade questionável.

“É uma situação um pouco interessante na Fórmula 1 no momento. Sinto que os dez melhores pilotos, talvez 12, são realmente de alta qualidade, pilotos excelentes. E na metade inferior, a qualidade não é tão alta quanto costumava ser. E há muitos outros fatores em cima disso. Obviamente, do meu ponto de vista, é um pouco triste e decepcionante ver isso, mas é assim que as coisas são”, opinou.

Por fim, Hülkenberg deixou claro que vai sair de cena da Fórmula 1 feliz e sem arrependimentos. “Sempre há coisas que você pode fazer melhor. Mas, pensando bem… não é da minha personalidade ficar pensando nisso por tanto tempo. Claro, houve coisas que poderia ter feito de forma diferente. Na verdade, isso mais no começo da minha carreira e direcionando as coisas para situações diferentes. Claro, aprendi com isso, mas.. está feito. Então, pra ser sincero, não tenho muitos arrependimentos. Me diverti muito”, concluiu.

O treino livre 3 do GP dos EUA de Fórmula 1 está marcado para 15h (de Brasília, GMT-3), enquanto a classificação acontece às 18h, sempre com transmissão ao vivo pelo canal BandSports e pelo serviço de streaming F1 TV Pro.

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