Pai de Bianchi compara revolta com final de 2021 à “farsa de Whiting” em morte do filho

O pai de Jules Bianchi, piloto que morreu após acidente no GP do Japão de 2014, questionou a indignação seletiva de algumas pessoas da Fórmula 1, especialmente após a polêmica decisão do último campeonato

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Ao longo desta semana, a Fórmula 1 chegou a Barcelona para os primeiros dias de pré-temporada, mas a decisão do ano passado, em Abu Dhabi, ainda foi um dos assuntos no primeiro dia, especialmente após a saída do diretor de provas Michael Masi. Uma pessoa em particular não aguenta mais esse assunto: Philippe Bianchi, pai de Jules Bianchi, que morreu meses depois de um grave acidente no GP do Japão em 2014.

Ainda que dirigentes como Christian Horner e Toto Wolff tenham pedido para a etapa de Abu Dhabi ficar no passado, muitos fãs seguem comentando o assunto nas redes sociais. Para Philippe, a corrida final de 2021 é muito mais lembrada que a de 2014, que tirou a vida do seu filho e que acabou gerando mudanas drásticas na F1.

Na ocasião, Masi gerou polêmica por conta das decisões no GP de Abu Dhabi de 2021, que deu o título da Fórmula 1 para Max Verstappen. O holandês era segundo colocado, atrás de Lewis Hamilton, mas situação mudou após o acidente de Nicholas Latifi com cinco voltas para o final da prova. Antes da relargada, no último giro da corrida, Michael optou por remover apenas os retardatários que estavam entre os candidatos ao título em vez de liberar todos ou nenhum, como prevê o regulamento.

Jules Bianchi morreu meses depois de acidente no GP do Japão de 2014 (Foto: Reprodução)

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Com o embate direto criado para a última volta, Verstappen ultrapassou Hamilton e conquistou o primeiro título mundial na Fórmula 1. A Mercedes, equipe de Lewis, chegou a entrar com um protesto por conta da decisão, que acabou negado. Na última segunda-feira (14), as 10 equipes se reuniram com o presidente da FIA para debater o tema. Apesar do silêncio após o encontro, o órgão citou que medidas seriam tomadas nos dias seguintes.

“Quando vejo a enorme polêmica que levou até a demissão de Michael Masi, que certamente privou Lewis [Hamilton] de um oitavo título, só posso me surpreender por toda a indulgência que todas essas mesmas pessoas mostraram durante a farsa comandada por Charlie Whiting que resultou na morte do meu filho Jules”, escreveu Philippe em uma rede social.

Nas voltas finais do chuvoso GP do Japão, Jules Bianchi chocou a sua Marussia em um trator que retirava o carro de Adrian Sutil, acertando sua cabeça em cheio. Depois de meses internado, lutando contra a vida, não resistiu aos ferimentos e faleceu. À época, questionou-se a decisão do diretor de provas Charlie Whiting por não interromper a corrida sob forte chuva em Suzuka ou mesma de não colocar o safety-car enquanto um veículo externo estava na caixa de brita removendo a Sauber #99.

O acidente mudou procedimentos da F1, gerando a introdução do VSC, que limita a velocidade dos pilotos sem a necessidade de entrada do safety-car. Outro ponto foi a chegada do halo, para proteger os pilotos, que estreou poucos anos depois da morte de Bianchi.

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