O GP do Canadá é um ponto chave para a equipe italiana. As seguidas derrotas para Mercedes vêm pesando demais sobre os ombros dos homens de Maranello e era necessária alguma boa notícia, e Montreal era tudo que os vermelhos precisavam. As características da pista da Ilha de Notre-Dame forçam a balança a pender para o lado da SF90, que desembarcou com baixa pressão aerodinâmica, uma configuração mais agressiva e peças novas do motor. A performance em reta ainda está lá e é valiosa neste circuito. E o modelo italiano responde bem aos trechos de alta velocidade do Gilles Villeneuve. No ponto mais rápido, o ganho é de até 6 km/h. Por isso, Vettel arrancou a pole de Hamilton. No fim, a diferença foi de 0s2, mas a estimativa da esquadra prateada é que a desvantagem chega a 0s6 em reta. Muita coisa, pois.
Sebastian Vettel e Lewis Hamilton: sinal de briga real entre os dois? (Foto: AFP)
E, portanto, a chance de encerrar o jejum de vitórias é real. “Certamente estamos felizes. Durante todo o final de semana estamos com bom desempenho. É uma surpresa positiva e uma boa motivação”, disse Mattia Binotto, o comandante ferrarista.
Bem, a Mercedes segue ameaçadora e a presença de Lewis Hamilton na primeira fila não pode ser subestimada. O W10 perde em reta ainda, mas tem excelente desempenho nos trechos sinuosos e de baixa velocidade. A equipe alemã não mudou em nada isso, embora o ganho em relação aos italianos tenha sido menor desta vez – menos de um 0s1. "Eles foram muito bem aqui no ano passado e sabíamos que a velocidade de reta é algo difícil de combater. Para resumir, estamos perdendo 0s6 em reta e tentando recuperar nas curvas, mas ainda não é suficiente", confirmou Toto Wolff, o chefão da Mercedes.
A grande aposta, no entanto, está na performance de corrida. A sexta-feira mostrou, com Valtteri Bottas, que o ritmo com os pneus médios e duros é muito bom e muito melhor que o da Ferrari. Ou seja, será uma corrida tensa e marcada pela estratégia se nada acontecer na largada.
Vettel tem a missão de partir bem da pole e abrir de Hamilton.
Se o inglês pular na frente, a coisa pode ficar mais divertida, na medida que o #5 possui maior desempenho em reta. E aí está a chance de um embate entre os dois principais pilotos do grid, enfim. Mas, ainda assim, a tática deve decidir o GP. De acordo com a Pirelli, a corrida, mesmo com 70 voltas, tem como estratégia mais veloz um único pit-stop, lá entre as voltas 35 e 40. É nisso que a Mercedes trabalha.
Já a Ferrari tem na velocidade sua grande arma.
O jogo de equipe entre os ferraristas não está totalmente descartado. Charles Leclerc errou em sua volta final e teve dificuldades durante toda a classificação. Quer dizer, precisa se recuperar e deve ter papel fundamental nessa intrigante largada de amanhã.
Charles Leclerc e Sebastian Vettel: a Ferrari pode lançar mão de jogo de equipe (Foto: Ferrari)
Ainda que na pole e com a vantagem de puxar o pelotão, a pressão está totalmente do lado vermelho, especialmente de Vettel. A diferença para Hamilton ainda é muito larga e, mesmo em um campeonato tão longo, é algo difícil de tirar, mas quanto antes melhor. Melhor para o esporte, inclusive. Só que a Ferrari perdeu todo e qualquer direito de errar a partir de agora.
O GRANDE PRÊMIO acompanha todos os treinos livres, a classificação e o GP do Canadá de Fórmula 1 AO VIVO e em TEMPO REAL. A largada para a sétima etapa da temporada está marcada para as 15h10 (de Brasília).
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