Por unanimidade, F1 confirma retorno do ponto para volta mais rápida após 60 anos já no GP da Austrália

A F1 vai de fato retomar o ponto extra ao dono da volta mais rápida de cada GP, medida utilizada entre as temporadas de 1950 e 1959. Aprovada por unanimidade pelo Grupo de Estratégia, a bonificação já vale para o GP da Austrália deste fim de semana

A Fórmula 1 vai de fato começar 2019 com um ar retrô. A categoria anunciou nesta segunda-feira (11) o retorno do ponto extra para o piloto que anotar a volta mais rápida de uma corrida, mudança válida já para o GP da Austrália do próximo fim de semana. A bonificação volta após 60 anos de ausência, sendo utilizada entre as temporadas de 1950 e 1959.
 
A mudança dependia apenas da aprovação do Grupo de Estratégia da F1, que veio por unanimidade. No fim de semana, a benção do Conselho Mundial da FIA também foi um passo adiante na proposta.
 
Assim como na Fórmula 2 e na Fórmula E, onde um campeonato já foi decidido pelo bônus, a possibilidade de conquistar o ponto pela volta mais rápida será apenas disponível aos dez primeiros colocados. A medida é pra evitar pilotos da parte de trás do grid troquem pneus na parte final das corridas somente com a intenção de conquistar o ponto extra.
 
"Ao lado da FIA, nós nos comprometemos com a análise de ideias e soluções que possam melhorar o espetáculo, ao mesmo tempo mantendo a integridade do nosso esporte”, disse Ross Brawn, anunciando a mudança. “Nós sentimos que essa reintrodução após 60 anos do ponto ao piloto com a volta mais rápida vai nessa direção”, seguiu.
O GP da Austrália vai ser o primeiro em 60 anos com ponto extra para a volta mais rápida (Foto: Mercedes)

“Nós já tínhamos considerado essa solução, que representa uma resposta à pesquisa detalhada que fizemos milhares de fãs ao redor do mundo, nos últimos meses. Quantas vezes já ouvindo os pilotos perguntando no rádio quem fez a volta mais rápida? Agora não vai ser uma questão de recorde e prestígio, e sim de motivação concreta que vai tornar o fim das corridas ainda mais interessante. Algumas vezes pode ser útil recordar o passado do nosso esporte para ir em frente”, continuou.

A F1 também confirma que a novidade vem com um porém. Caso o piloto com volta mais rápida termine a corrida fora do top-10, ninguém recebe a bonificação.

Em anos recentes, de 2014 para cá, a Mercedes se afirmou como equipe que mais conseguiu voltas mais rápidas por temporada. Valtteri Bottas, melhor no quesito em 2018, conseguiria sete pontos extras sob o formato atual. Em termos de campeonatos, três temporadas teriam novos campeões.

 
O GP da Austrália, já com a bonificação, acontece no próximo fim de semana, no dia 17 de março.
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