Red Bull atribui vitória a “desempenho fenomenal” de Verstappen no GP dos EUA

Christian Horner revelou que ficou estressado por conta dos retardatários Yuki Tsunoda e Mick Schumacher nas voltas finais, mas que respirou aliviado graças principalmente à pilotagem de Max Verstappen para vencer o GP dos EUA

F1: VERSTAPPEN SEGURA HAMILTON NO BRAÇO, VENCE NOS EUA E DÁ PASSO PARA TÍTULO | Paddock GP 262

Em temporada notável, a Red Bull alcançou outro feito que parecia muito difícil neste 2021 em que luta ferozmente pelos dois títulos em disputa na Fórmula 1. O GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, tradicionalmente um feudo da Mercedes desde o início da era híbrida, teve Max Verstappen como pole-position no sábado e, um dia depois, o holandês venceu em Austin graças à estratégia dos taurinos com o pit-stop e, segundo Christian Horner, também à “pilotagem fenomenal” do competidor de 24 anos.

Desde 2014, foi apenas a segunda vez em nove corridas que a Mercedes não venceu — Kimi Räikkönen, então na Ferrari, triunfou em 2018. Até o último fim de semana, nenhum carro que não fosse da equipe chefiada por Toto Wolff havia largado na posição de honra do grid.

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Max Verstappen brilhou no fim de semana do GP dos EUA de F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

Na visão de Horner, o nó tático ao definir o momento da primeira parada para Verstappen foi fundamental para a sequência da corrida. Max fez seu pit-stop na volta 10, teve trocados os pneus médios pelos duros e teve um pouco mais de tempo de pista livre, enquanto Lewis Hamilton parou para colocar pneus duros três voltas depois.

“Acho que fomos mais rápidos com o pneu médio, e Max conseguiu ver que Lewis estava escorregando muito e corríamos o risco de superaquecer os nossos pneus por ficarmos presos. Portanto, decidimos arriscar e pegar um pouco de ar limpo pela frente. Claro que isso iria nos colocar pressão no fim da corrida”, salientou o dirigente durante entrevista coletiva logo após a prova.

“Como a Mercedes demorou muito, conseguimos forçá-los a trocar logo no primeiro stint ao trazer ‘Checo’ [Pérez] também. Mas, claro, eles conseguiram tornar aquele stint bem mais longo, e isso deu a eles um pneu com oito voltas de vantagem no fim da corrida”, lembrou.

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Naquele momento, enquanto a Red Bull chamou Verstappen para fazer o segundo pit-stop na volta 29, a Mercedes esticou ao máximo o segundo stint e só trouxe Hamilton de volta aos boxes no giro 37. Daí em diante, foi uma verdadeira briga de gato e rato nas voltas finais. O heptacampeão, por ter pneus duros em estado bem melhor, despontava com chances de fazer a ultrapassagem sobre o rival e levar a vitória em Austin.

Mas Horner atribuiu a gestão de pneus de Verstappen como “crucial nas cinco voltas finais” e exaltou a jornada do seu piloto rumo ao topo do pódio no Texas com um “desempenho fenomenal”. “É uma grande vitória para nós num circuito em que, obviamente, Lewis e a Mercedes foram muito fortes na era híbrida”, comemorou o chefe da Red Bull.

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Contudo, além de todo o drama por si só com a aproximação de Hamilton nas voltas finais do GP dos EUA, Horner ficou estressado em razão de dois retardatários, sendo um deles membro do programa de pilotos da Red Bull, Yuki Tsunoda, da AlphaTauri.

“É muito difícil levar adiante sua estratégia com os retardatários. Perdemos muito tempo atrás do Yuki, e então ficar atrás do Mick Schumacher custou caro nas últimas voltas. Achei que iria custar a vitória porque ele segurou o Max ao longo de todo um setor. Mas, por sorte, pegamos a zona de DRS na reta, e isso deu ao Max um pouco de espaço para respirar na curva 1. Mas certamente contribuiu para o estresse no pit-wall”, complementou Horner, que respirou aliviado com a bandeirada final que levou a Red Bull a vencer somente pela segunda vez o GP dos EUA de F1.

Verstappen se irritou com Hamilton em Austin (Vídeo: F1TV)
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