Sainz voa e anota melhor tempo da pré-temporada na manhã do sexto dia em Barcelona. Vettel bate

Em que ano estamos? A McLaren seguiu no topo da tabela de tempos pelo segundo dia seguido, agora com Carlos Sainz Jr. O espanhol anotou nada menos que o melhor tempo dos testes, e ainda sem usar o pneu mais macio de todos. Enquanto isso, Sebastian Vettel foi traído por problema mecânico da Ferrari e bateu na curva 3

Estava enganado quem pensou que Lando Norris levou a McLaren ao limite no quinto dia de pré-temporada da Fórmula 1. Foi no sexto, nesta quarta-feira (27), que o carro laranja realmente voou baixo: Carlos Sainz Jr., usando pneus C4, alcançou o tempo de 1min17s144 durante a manhã, superando a marca da Renault de Nico Hülkenberg na primeira semana e se consolidando como o mais veloz dos testes da F1 até aqui.
 
O tempo foi mais de 1s mais rápido que o dos adversários – e ainda sem usar o C5, pneu mais macio disponibilizado pela Pirelli. Mesmo assim, o dia não foi perfeito: Carlos enfrentou problemas mecânicos e viu o carro morrer na saída dos boxes, causando uma bandeira vermelha. O total de voltas também foi satisfatório, com a soma de 54 giros.
 
O segundo colocado teve um dia ainda mais turbulento. Sebastian Vettel conseguiu a honesta marca de 1min18s195 com pneus C3, mas perdeu tempo considerável de pista ao bater na curva 3 de Barcelona. O alemão passou reto no trecho de alta velocidade. Nas palavras da Ferrari, o motivo foi um problema mecânico.
Carlos Sainz (Foto: AFP)

Max Verstappen foi terceiro, tendo como melhor tempo 1min18s395, usando os mesmos C3 de Vettel. O holandês, que teve como único contratempo a quebra do carro na saída dos boxes – rapidamente solucionada –, chegou ao total de 69 voltas, sendo um dos melhores do dia no quesito.

 
Valtteri Bottas, em um dia de poucos destaques da Mercedes, foi quarto com o tempo de 1min18s941, também com pneus C3. O finlandês, vindo de um dia em que deu apenas sete voltas durante a tarde, deu a volta por cima e somou 74 giros, garantindo a condição de piloto com maior quilometragem.

Daniil Kvyat foi o quinto mais rápido. Kimi Räikkönen, Sergio Pérez, Robert Kubica, Romain Grosjean e Daniel Ricciardo completaram a tabela de tempos da sessão.

Saiba como foi a manhã do sexto dia de pré-temporada da F1

 
A atividade começou com nada menos do que cinco equipes partindo para voltas de instalação. As outras cinco deram as caras pouco depois, indicando que todos os dez carros estavam saudáveis e prontos para o batente – que viria lentamente. Max Verstappen e Valtteri Bottas foram os primeiros a fechar voltas, com o holandês sendo o melhor ao fechar em 1min19s983.
 
Passados longos 30 minutos quase sem ação na pista, Sebastian Vettel e Robert Kubica também começaram a somar quilometragem. Mesmo assim, ainda sem alcançar a marca de Verstappen. Todo mundo parecia focar em simulações com tanque cheio, vide faíscas que surgiam quando os bólidos apareciam nas retas.
 
Quando o próprio Vettel alcançou o tempo de 1min20s321, um pouco mais próximo da primeira colocação, Verstappen tratou de dar o próximo passo. O holandês conseguiu 1min18s979. Os dois usaram pneus C3, o do meio na escala de cinco compostos da Pirelli.
Sebastian Vettel encontrou a barreira de proteção de Barcelona (Foto: Reprodução/TV)

Mais alguns minutos e Sainz também apelou para o composto da banda amarela. O tempo foi de 1min19s071, apenas 0s1 mais lento que o de Verstappen. Atrás dos três primeiros, Räikkönen, Bottas e Kubica eram os outros com tempos cronometrados.

 
Sainz, ainda com os C3, pisava mais fundo. O espanhol anotou 1min18s878 e virou líder do teste, superando Verstappen por 0s1. A Ferrari também deixou Vettel pisar um pouco mais fundo, permitindo o tempo de 1min18s909. Max agora estava em terceiro na tabela de tempos, que trazia uma briga bastante apertada.
 
Essa briga deixaria de ser apertada alguns minutos depois. Isso porque Sainz começou a apelar: com C4, o espanhol começou a fazer voltas cada vez mais rápidas. A melhor de todas foi 1min17s144. Foi surpreendente: não só o tempo passava a ser o melhor da pré-temporada, superando o de Nico Hülkenberg na primeira semana, como também era melhor que o dos testes de 2018. E isso sem sequer usar o C5, pneu mais macio de todos.
Max Verstappen voltou a somar bom número de voltas (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Logo atrás, a briga também era boa. Verstappen tomou a segunda posição de Vettel ao anotar o tempo de 1min18s395. O troco veio minutos depois, quando o alemão também avançou para 1min18s311. Valtteri Bottas também subiu e apareceu em quarto, mas ainda com 1min19s205. Daniil Kvyat fechava o top-5 momentâneo com a Toro Rosso, 1min19s351.

 
Depois, conforme a manhã se aproximava da metade, a bandeira vermelha deu as caras. E logo para aquele que era o protagonista até aqui: Sainz, que saía dos boxes para mais um ciclo de voltas, viu o carro morrer ainda na reta principal. Era a terceira quebra do carro laranja na pista em dois dias.
 
Passada uma breve paralisação – afinal, o carro estava perto dos boxes –, a pista voltou a operar em regime de bandeira verde. O foco passou a ser, via de regra, em quilometragem. Verstappen era o recordista no quesito com 40 giros, seguido por Vettel com 36. Bottas, com 32, e Ricciardo, 31, também faziam bom trabalho.
 
E aí Verstappen se viu com um pepino nas mãos. Quando o holandês deixava a pista para aumentar o total de voltas, o carro morreu na saída dos boxes – assim como aconteceu com Sainz. Assim como com o espanhol, não aparentava ser um problema tão grave. Mesmo assim, a bandeira vermelha foi necessária para recolher o carro.
Valtteri Bottas, o quarto mais rápido (Foto: Mercedes)
Mas quem imaginava que esta seria a última bandeira vermelha estava enganado. A pista voltou a ser liberada, mas não por muito tempo. Vettel, que estava apenas na quarta volta do stint, passou reto na curva 3 e bateu na barreira de proteção. De acordo com a Ferrari, por problemas mecânicos. Levou tempo até o carro vermelho ser recolhido e a barreira ser encaixada novamente, atrasando a bandeira verde.
 
A última hora de atividade de pista seguiu sem tempos particularmente voadores. Seja por pneus mais duros ou tanques mais cheios, as voltas mais rápidas passavam a girar entre 1min19s e 1min20s. Isso já não era suficiente para promover mudanças na tabela de tempos. Mesmo a Williams, que melhorava progressivamente e conseguia 1min20s600 com Kubica, aparecia em décimo, na frente somente de Daniel Ricciardo, com o pouco representativo tempo de 1min23s605. A boa notícia para o australiano era superar a barreira de 50 voltas sem muitas dificuldades.
 
O único que melhorou de fato foi Kimi Räikkönen, que conseguiu a marca de 1min19s194 e subiu para quinto, superando Daniil Kvyat. O problema é que o russo também viria a melhorar, conseguindo 1min19s060. Os dois somavam voltas com pneus C3.

F1 2019, Barcelona, testes de pré-temporada, dia 6, manhã: 

1 C SAINZ McLaren Renault 1:17.144   55
2 S VETTEL Ferrari 1:18.195 +1.051 40
3 M VERSTAPPEN Red Bull Honda 1:18.395 +1.251 69
4 V BOTTAS Mercedes 1:18.941 +1.797 74
5 D KVYAT Toro Rosso Honda 1:19.060 +1.916 36
6 K RÄIKKÖNEN Alfa Romeo Ferrari 1:19.194 +2.050 43
7 S PÉREZ Racing Point Mercedes 1:19.202 +2.058 29
8 R KUBICA Williams Mercedes 1:19.367 +2.223 42
9 R GROSJEAN Haas Ferrari 1:19.717 +2.573 56
10 D RICCIARDO Renault 1:22.597 +5.453 71

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