Sonho na Red Bull dura 12 corridas, e Gasly vira projeto de Kvyat 2.0

Pierre Gasly não rendeu o que dele se esperava na primeira metade da temporada 2019 da F1. E isso já foi o suficiente para que fosse rebaixado para a Toro Rosso. Agora, sua carreira parece condenada e o francês parece pronto para repetir o processo de afundamento que Daniil Kvyat sofreu

63 pontos em 12 provas com um dos três melhores carros do grid, definitivamente, não é uma boa marca. No somatório geral de todos os fatores, não é exagero algum apontar Pierre Gasly como um dos piores pilotos da temporada, mas, mesmo assim, seu rebaixamento pegou praticamente todo mundo de surpresa nesta segunda-feira (12).
 
O que acontece é que são duas carreiras colocadas em jogo de uma vez só. Se Alexander Albon dá um enorme salto após apenas seis meses de F1 e pode muito bem chegar ainda menos pronto que Gasly, o francês desce de um carro de ponta para um de meio do grid, algo que costuma ser traumático.
 
O paralelo óbvio a ser feito para Pierre é com Daniil Kvyat, seu novo companheiro de equipe. O russo passou por situação semelhante em 2016, quando vinha de um ótimo ano pela Red Bull e, após o GP de casa, foi rebaixado para a Toro Rosso pelos toques dados em Sebastian Vettel.
Pierre Gasly está fora da Red Bull (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Na realidade, a grande diferença entre os dois casos é que a queda de Kvyat tinha muito mais a ver com o desejo de subir logo Max Verstappen do que qualquer outra coisa. Agora, porém, Albon está subindo simplesmente porque a Red Bull vê Gasly prejudicando o time na luta pelo vice do Mundial de Construtores.

 
Mas vale a pena trocar Gasly após apenas 12 corridas? Não dava para esperar uma reação nas férias com boa preparação e, quem sabe, uma recuperação na segunda metade do campeonato? Basicamente, Helmut Marko, Christian Horner e companhia cravam que Pierre não tem nível para uma equipe de ponta.
Daniil Kvyat voltou ao pódio em 2019 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
E a tendência agora é que algo muito próximo do que aconteceu com Kvyat role com Gasly. O russo entrou em uma espiral sem precedentes de insucessos. Cometeu um erro atrás do outro, tomou tempo de todo mundo e foi demitido da Toro Rosso pouco tempo depois. Foi chamado de volta e novamente trocado mais tarde até que, no final de 2018, foi confirmado para 2019 ao lado de Albon em novo retorno.
 
É verdade que Kvyat foi ao pódio na Alemanha e não faz um ano ruim, mas é muito complicado imaginá-lo novamente em um time de ponta. Mas e Gasly? E se a má fase seguir e a volta para a Toro Rosso for um desastre? O francês, campeão da GP2 em 2016 e tão promissor, terá de ter muita força psicológica para não cair em uma vala e de lá não sair mais.

Paddockast #28
INTERROGANDO Flavio Gomes: O Boto do Reno

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