Sutil fala que chuva, pouca luz e pneus desgastados foram decisivos para acidente de Bianchi no Japão
Em entrevista ao jornalista inglês Adam Cooper, Adrian Sutil falou mais sobre as condições da pista de Suzuka no momento do acidente com Jules Bianchi e afirmou que a chuva, a pouca luminosidade e os pneus já gastos do fim da prova contribuíram para o incidente. "Eu apenas o vi vindo sem controle do carro", explicou
Como se sabe, Adrian Sutil foi testemunha ocular do acidente de Jules Bianchi em Suzuka, no último domingo (5). O alemão havia escapado da pista na curva 7 uma volta antes e estava atrás da proteção de pneus, quando a Marussia de Bianchi atingiu o trator que retirava a Sauber da área de escape. Compreensivelmente, o piloto ainda se recusa a falar sobre o resgate do colega, mas deu um importante depoimento sobre a situação da pista no momento do batida nos giros finais da prova nipônica da F1.
Sutil disse que as condições estavam boas até que a chuva voltou com força na parte final da corrida e a luz começou a desaparecer. "Tivemos muita chuva, mas quando iniciamos a corrida foi provavelmente o melhor momento do dia naquelas condições", afirmou o piloto em entrevista ao jornalista inglês Adam Cooper.
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"Não havia quase nenhuma chuva, a pista estava Ok com os intermediários. O único risco foi no fim, quando começou a escurecer, e a garoa que veio na sequência. Eu realmente me esforcei para manter o carro na pista, mas depois começou a chover mais e mais e aí ficou também muito escuro. Eu estava seguindo Jules muito de perto, quando o carro aquaplanou na curva 8 e acabei indo parar na barreira de proteção. Neste momento, eu não estava em uma boa posição, de qualquer forma, mas tive sorte que nada aconteceu comigo, eu estava Ok e pude sair do carro."
"Uma volta depois, aconteceu o acidente com Jules, no mesmo ponto, do mesmo jeito que foi comigo. Ele provavelmente aquaplanou e perdeu o carro. Eu apenas o vi vindo sem controle do carro", explicou.
Adrian ainda enfatizou que as condições estavam ficando cada vez mais complicadas nas voltas finais. "Estava piorando. Claro que os nossos pneus já estavam no fim, por isso a resistência quanto à aquaplanagem já não era a mesma. Eu vi vários carros balançando quando o safety-car entrou na pista depois do acidente, então acho que havia um rio enorme ali. E isso provocou os dois acidentes, na verdade. A chuva veio forte, os pneus já estavam no fim e a gente apenas lutava para se manter na pista, estava realmente difícil de guiar", contou.
Por fim, o piloto da Sauber também se mostrou convencido de que a pouca luminosidade do fim da tarde, em conjunto com a chuva, teve um papel fundamental. "O problema em nossos carros é que quando fica escuro, você ainda pode ver, mas como temos luzes muito brilhantes no volante, isso irrita muito. Além disso, nós temos uma visão reduzida de dentro do capacete também. E, com pouca luz, nos afeta muito. Nessas últimas voltas, com o spray e as gotas na viseira, foi realmente difícil de enxergar", acrescentou.
"Por isso, às vezes, do lado de fora, parece que está tudo bem, principalmente de dentro do safety-car, que possui um enorme para-brisa, mas ninguém sabe o que é isso para nós e ainda com esses carros, que agora são mais difíceis, sem aderência e com grande energia", encerrou.
Bianchi se feriu com gravidade no acidente da volta 43 do GP do Japão. O jovem francês deixou a pista inconsciente e foi levado ao Hospital Geral de Mie, a cerca de 10 km da pista nipônica. Lá, Jules foi submetido a uma cirurgia de urgência. Nesta terça-feira, a Marussia enviou um comunicado que o piloto sofreu uma lesão axonal difusa e que seu estado é crítico, mas estável.
As imagens do acidente de Jules Bianchi
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