Todt aconselha Marchionne a atuar de forma “calma e pragmática” como presidente da Ferrari
Sergio Marchionne assumiu a presidência da Ferrari dizendo que o time precisa retomar a trajetória de sucesso na F1 “custe o que custar”, mas o ex-chefe da escuderia acredita que a abordagem precisa ser mais cautelosa
Não adianta Sergio Marchionne chegar à Ferrari querendo mudar a situação da equipe da água para o vinho em um estalar de dedos. Jean Todt acredita que a abordagem do novo presidente da Ferrari precisa ser cautelosa e muito bem pensada.
Na segunda-feira passada, Marchionne assumiu o lugar de Luca di Montezemolo na presidência da fábrica de Maranello. E o comandante italiano já declarou que a escuderia precisa voltar ao topo “custe o que custar”.
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O lado corporativo da companhia, de propriedade do grupo Fiat-Chrysler, está insatisfeito com os resultados da Ferrari nas pistas. Foi daí que surgiu a decisão de substituir Montezemolo, após 23 anos, por Marchionne, que também é diretor-executivo da Fiat.
Ex-chefe da Ferrari e hoje presidente da FIA, Todt deixou o alerta: na F1, não se muda nada do dia para a noite.
“Que conselho eu daria? Para reagir de forma calma e pragmática. Quando um revés como o de Monza acontece, você precisa lembrar que, naquela altura, Alonso era o único piloto que tinha terminado todas as corridas nos pontos. Lembre-se dos problemas de confiabilidade que tínhamos no começo”, disse o francês em entrevista ao jornal ‘La Gazzetta dello Sport', fazendo referência ao seu início na equipe, na década de 1990.
Sobre Monza, Marchionne disse que o péssimo resultado do GP da Itália fez seu “sangue subir”. O carro de Kimi Räikkönen cruzou a linha de chegada só na nona colocação diante dos tifosi.
Todt, no entanto, se recusou a traçar um paralelo entre os cinco campeonatos que Schumacher disputou com a Ferrari para ser campeão pela primeira vez e os cinco campeonatos de Fernando Alonso com o time, de 2010 para cá.
“A primeira Ferrari de Michael estava muito atrás do nível de competição em comparação à Ferrari de Alonso hoje. Quando eu cheguei, em uma escala de um a dez, estávamos em dois. Em 2009, eles começaram em sete”, afirmou.
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