CEO da Williams rejeita rumores de aliança com Renault: “Objetivo é seguir independente”

A Williams tem um contrato de longa data a cumprir com a Mercedes e vai ampliar ainda mais a parceria técnica a partir de 2022. Mesmo assim, rumores surgiram no paddock sobre uma eventual nova ligação da equipe de Grove com a Renault. Algo que Jost Capito descarta por completo, assim como a possibilidade de a Williams ser uma equipe filial ou B na Fórmula 1

A Williams lançou o FW43B atualizando a pintura do ano passado, mas ao menos querendo sair da rabeira (Vídeo: GP Notícias)

A Williams sempre teve nas suas bases o ideal de independência. Houve, por exemplo, nos anos 2000, o interesse da BMW em adquirir a equipe sediada em Grove, na Inglaterra, mas o fundador Frank Williams deixou claro que nunca venderia o time que construiu para montadora alguma. A fábrica de Munique arrendou a Sauber de 2006 a 2009 e, pouco depois, saiu de cena na F1. A Williams sofreu também mudanças profundas geradas pela perda de receita, consequência da ausência de grandes resultados nos últimos anos., e foi vendida para o fundo norte-americano Dorilton Capital. Mas uma coisa não mudou no DNA da escuderia: o desejo de ser sempre independente.

Nas últimas semanas, rumores no paddock ligaram a Williams a uma possível nova aliança com a Renault, cuja equipe na F1 foi rebatizada como Alpine a partir deste ano. Williams e Renault formaram um casamento histórico nos anos 1990, que rendeu títulos com Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill e Jacques Villeneuve. Entre 2012 e 2013, a equipe britânica e a fábrica francesa voltaram a se unir, mas desta vez em um projeto que só resultou em uma vitória, com Pastor Maldonado no GP da Espanha de 2012. Desde 2014, a Williams caminha ao lado da Mercedes, fornecedora de motores, em vínculo recentemente renovado até 2026.

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A Williams deixou claro que segue independente e parceira da Mercedes pelos próximos anos (Foto: Williams)

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Os rumores que circularam no paddock apontaram a Williams como uma possível filial da Renault/Alpine, que só tem ela mesma para fornecer motor depois que a McLaren encerrou um contrato de três anos para voltar a unir forças com a Mercedes. Mas Jost Capito, novo CEO da Williams, avisou, em entrevista veiculada pela revista britânica Autosport, que a independência segue fazendo parte do DNA da equipe mesmo após a venda para o Dorilton Capital.

“Se melhorarmos e pudermos evoluir em termos de resultados, vamos ser mais atraentes para as fábricas que entrarem. Mas nosso objetivo claro é seguir uma equipe independente e não ser comprada por qualquer outra equipe ou uma montadora”, explicou o executivo alemão.

“A Williams sempre foi independente, e isso não é o que você vê com essas equipes A ou B. Para nós, uma equipe B é uma equipe que não tem propriedade independente, ou tem alguma propriedade de uma montadora ou de outra equipe da F1. E, nessa definição, não queremos ser uma equipe B”, disse Capito.

“Queremos ser a equipe A, porque o automobilismo é nosso principal negócio e deve seguir sendo nosso principal negócio, independente de uma montadora decidir entrar ou sair. Isso desafiaria a nossa existência”, acrescentou.

Outro ponto que impede uma eventual nova parceria com a Renault é o fato de a Williams ter vínculo de longa data assinado com a Mercedes. A ligação vai ser ainda mais sólida a partir de 2022, quando a fábrica alemã vai fornecer também o sistema de câmbio para a Williams. A equipe de Grove, assim como a McLaren, desenvolve seu próprio sistema de transmissão, mas vai aproveitar a expertise da Mercedes na esteira da revolução das regras que a F1 vai vivenciar a partir da próxima temporada.

“Temos um bom relacionamento com a Mercedes e temos um contrato que dura ainda alguns anos. E respeitamos esse contrato, estamos muito felizes com a relação. Não vejo, no futuro, as equipes construindo seus próprios motores, então você sempre vai precisar de um [fornecedor de] motor”, salientou.

Mas, na visão de Capito, ter o chamado trem de força de uma fabricante não afeta a independência da equipe. “Os motores e os câmbios são feitos juntos pela mesma fábrica quando você olha para a Mercedes, por exemplo. E aí é que chegamos à conclusão de que faz todo sentido ter o trem de força para 2022. Mas, ainda assim, vemos isso como algo independente. Independente é quando você pode escolher os parceiros com quem deseja trabalhar”, concluiu.

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