Fórmula E defende autódromos por carros rápidos, cutuca e vê F1 em “estacionamento” 

A Fórmula 1 vive um momento de expansão de seu calendário que conta com a adição de cada vez mais circuitos de rua. Por outro lado, a Fórmula E está desenvolvendo cada vez mais a tecnologia de seus carros, os tornando mais potentes e eficientes do ponto de vista energético, e por isso está buscando adicionar mais autódromos permanentes na competição. Em coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO, Jeff Dodds, CEO da categoria dos elétricos, brincou com o cenário e cutucou a F1, dizendo que em breve ela estará promovendo corridas dentro de estacionamentos.

Em meio ao crescimento da Fórmula 1, inúmeros autódromos e países despertaram o interesse de sediar uma etapa do principal certame do esporte a motor. A categoria, no entanto, voltou o foco para a promoção das corridas em circuitos de rua e, nos últimos anos, adicionou ao calendário a Arábia Saudita, Miami e Las Vegas. Além disso, confirmou uma nova prova nas ruas de Madri a partir de 2026.

A Fórmula E, por sua vez, segue um caminho contrário ao que está sendo adotado pela Fórmula 1. Quando a categoria dos elétricos começou na temporada 2014/15, o foco era promover corridas em circuitos urbanos. Porém, à medida que os carros foram se tornando mais velozes e eficientes no gerenciamento das baterias, o esporte abriu as portas para eventos em autódromos, como o Circuito Internacional de Xangai, na China, e o Autódromo Hermanos Rodríguez, no México.

O CEO da Fórmula E entende que, do ponto de vista comercial, pode ser interessante para a F1 promover corridas em circuitos de rua. No entanto, aproveitou o momento para dar aquela alfinetada na categoria.

“A F1 pode passar de grandes circuitos para circuitos de rua por dois motivos. Primeiro: eles estão tentando atrair novos fãs, o que é bom para eles. O segundo: o carro está mais lento do que era no passado. Por outro lado, nossos carros estão ficando muito mais rápidos. Então, para mostrar todo o nosso potencial, não podemos mais fazer corridas em alguns circuitos de rua”, disse Dodds.

“No carro Gen3.5, com velocidade máxima superior a 320 km/h, não conseguimos mostrar todo o potencial em determinadas pistas. Precisamos de outras ‘circunstâncias’ para mostrar nossa tecnologia. Se você esperar um pouco, verá corridas de F1 em estacionamentos, algo assim”, finalizou o CEO da Fórmula E.

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