Fórmula E coloca “estabilidade” no calendário como objetivo, mas pontua: “É desafiador”

Em entrevista exclusiva do GRANDE PRÊMIO, Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, comentou sobre as dificuldades em realizar corridas nos centros urbanos e espera que a categoria tenha mais estabilidade no calendário em breve

A Fórmula E se prepara para começar a décima temporada. Em 2024, 16 etapas serão realizadas após o recente cancelamento da prova em Hyderabad, na Índia. Mais do que isso, o calendário vai contar com quatro etapas em circuitos permanentes — Cidade do México, Portland, Xangai e Misano —, um recorde na história da categoria de carros elétricos.

Uma das grandes questões da Fórmula E desde sua criação foi a estabilidade do calendário. Na última década, diversas cidades receberam etapas, em diferentes épocas do ano, causando certa bagunça na organização do cronograma, diferente do que vemos em outras categorias. Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Alberto Longo, cofundador do campeonato, comentou sobre a situação.

“A estabilidade no calendário é muito mais desafiadora no coração de uma cidade do que em uma pista permanente. É por isso que buscamos algumas soluções, como na China, por exemplo [onde correr nas ruas ainda não é uma opção após a pandemia e, por isso, categoria vai a uma pista fechada em Xangai]. Ir a uma pista permanente é maneira de garantir que a Fórmula E consiga ir à China ano após ano, para encontrar essa estabilidade”, disse Longo.

“É um ponto chave ter equidade de datas: as pessoas saberem em quais finais de semana ou em quais meses a Fórmula E estará lá. Isso acontece em algumas corridas, como Mônaco, Berlim, México, que estão no calendário há muitos anos. Então, definitivamente, criar essa equidade de datas é um dos principais objetivos da Fórmula E”, seguiu.

Portland estreou em 2023 e terá rodada dupla no ano que vem (Foto: Fórmula E)

Para 2024, por exemplo, a Fórmula E enfrentou muitas dificuldades para completar o cronograma completo. Além do cancelamento de Hyderabad, o eP de Jacarta, na Indonésia, foi retirado do calendário por conflitos gerados pela eleição presidencial no país. Com isso, Portland virou rodada dupla a ser disputada no fim de junho.

A entrada de Xangai no calendário fez com que a China voltasse a receber uma etapa pela primeira vez desde 2019, antes da pandemia de Covid-19, mas agora no mesmo circuito permanente palco da Fórmula 1 no país. O mesmo caso de Misano, que substitui a pista de rua de Roma como um ‘quebra-galho’ até que outra localidade urbana seja definida.

“Precisamos entender o tamanho do desafio de correr nos corações das grandes cidades, nas ruas, porque dependemos também da vontade política de receber um evento da Fórmula E. Se você vai a uma pista permanente, precisa apenas negociar com a outra parte o preço, por quantos dias quer o local, uma negociação normal”, afirmou o dirigente.

“Se você vai às cidades, há bombeiros, polícia, prefeito, autoridades locais, enfim… São muitas partes e todas elas podem dizer ‘não’ a qualquer momento. Então, isso torna tudo muito mais desafiador”, finalizou.

A temporada 2023/24 da Fórmula E está marcada para começar no dia 13 de janeiro, com o eP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez. A categoria ainda passa por DiriyahSão PauloTóquioMisanoMônacoBerlimXangaiPortland e Londres. O GRANDE PRÊMIO é emissora oficial e transmite TODAS AS ATIVIDADES DE PISTA da temporada AO VIVO e COM IMAGENS.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Formula E direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.