Vergne diz que DS Penske “não deve celebrar” 5º lugar na Fórmula E: “Não tínhamos carro”

Jean-Èric Vergne disparou contra a falta de competitividade da DS Penske na Fórmula E e disse que a equipe não tinha carro rápido o suficiente para brigar por vitórias na categoria

Quinto colocado do Mundial de Pilotos ao fim da temporada 2022/23 da Fórmula E, Jean-Èric Vergne viveu um ano mais difícil do que a colocação final do campeonato dá a entender. Em seu primeiro campeonato na nova aliança DS Penske, o francês até conseguiu uma vitória, em Hyderabad, mas muito mais pelas circunstâncias da corrida do que por puro ritmo. No fim, terminou atrás dos quatro pilotos empurrados pelos trens de força mais fortes do grid: Jaguar e Porsche.

Ainda que não tenha sido um ano de destaque, Vergne foi, sem dúvidas, o principal competidor fora do seleto grupo dos postulantes ao título — Jake Dennis, Nick Cassidy, Mitch Evans e Pascal Wehrlein, ainda que a superioridade do alemão sobre o francês possa ser discutida. Questionado sobre a dificuldade de brigar por vitórias, o bicampeão da categoria foi claro: não tinha carro para isso.

“É uma observação muito simples: simplesmente não tínhamos um carro bom o suficiente”, disse Vergne ao portal inglês The Race. “Quando você está tentando alcançar [os rivais] e buscando ganhar alguns décimos de segundo, você acaba fazendo coisas que provavelmente não são as melhores para a performance”, explicou.

“Não podemos nos sentar e comemorar o 5º lugar”, reclamou. “Sempre precisamos pisar mais fundo e, às vezes, provavelmente não fizemos as coisas do melhor jeito. Mas precisávamos tentar”, salientou.

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Vergne viveu o único momento de alta na temporada em Hyderabad, quando venceu (Foto: Fórmula E)

A DS Penske surgiu como a sensação da pré-temporada e, junto à Maserati — que compartilha o trem de força DS, apesar de não ter uma relação fornecedora-cliente —, dominou a tabela de tempos no Circuito Ricardo Tormo, em Valência. Quando o campeonato começou para valer, porém, o ritmo caiu e ficou claro que o conjunto não estava entre os mais eficientes do grid.

Vergne admitiu que poderia ter tomado algumas atitudes diferentes ao longo do campeonato, mas, no fim, retornou ao problema inicial e disse que não havia como competir com as equipes mais fortes. O francês, inclusive, destacou o fato de que o então campeão, Stoffel Vandoorne, teve uma temporada ainda mais difícil no carro dourado.

“É um mundo difícil. Quando você vence, todo mundo é ótimo e tudo é maravilhoso. Quando você perde, começa a questionar tudo”, admitiu. “Por sorte, tenho Stoffel [Vandoorne] como companheiro de equipe. Então, eles não podem realmente apontar os dedos para mim”, afirmou.

Vandoorne fez temporada muito abaixo e terminou apenas em 11º (Foto: Fórmula E)

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“E não é uma desculpa, porque eu poderia ter feito algumas coisas de forma diferente”, prosseguiu. “Poderia ter feito corridas melhores, provavelmente cometi alguns erros e poderia ter ido melhor, mas isso não muda o problema principal: o carro simplesmente não era rápido o suficiente”, finalizou.

Vergne terminou o campeonato com 107 pontos, 42 atrás do 4º colocado Wehrlein e com 122 a menos que o campeão, Dennis. Vandoorne, por sua vez, não passou dos 56 em sua primeira experiência após deixar a Mercedes e completou uma temporada absolutamente sem destaque, na 11ª posição do campeonato e com um lugar no eP de Jacarta 1 como melhor resultado.

Agora, a Fórmula E retorna oficialmente apenas em 2024, com a abertura da 10ª temporada programada para o dia 13 de janeiro, no eP da Cidade do México.

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