Sette Câmara cobra firme após problema no México e questiona: “E se fosse a 200 km/h?”

A falta de explicações em relação à falha mecânica no carro da ERT que impediu Sérgio Sette Câmara de largar no eP da Cidade do México, a etapa de abertura da temporada 2024 da Fórmula E, continua incomodando o piloto brasileiro. Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO durante a tarde desta quinta-feira (14), no Sambódromo do Anhembi, palco do eP de São Paulo, o mineiro cobrou uma resposta da Fórmula E e da Williams Advanced Engineering (WAE), fornecedora das baterias.

Na ocasião, logo antes de começar a corrida, Sette Câmara explicou que ouviu um estouro na parte traseira do carro — local de instalação de um dos trens de força — e, logo em seguida, o monoposto começou a expelir fumaça. Sem conseguir identificar o problema, a equipe retirou o equipamento da pista e deu início às investigações.

Chateado com a falta de respostas e preocupado com possíveis danos à saúde que episódios assim podem causar, Sérgio reforçou a cobrança aos órgãos responsáveis pela investigação quando foi questionado pelo assunto na tarde de hoje.

“Não tive uma explicação ainda”, contou ao GRANDE PRÊMIO. “Na verdade, é até uma coisa que me chateia bastante, porque é uma preocupação que eu tenho com a saúde, por estar respirando essa fumaça, que acho que é um negócio que ninguém quer estar respirando”, disse o piloto de 25 anos.

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“Querendo ou não, a gente é pioneiro aqui numa tecnologia. Não sabemos direito o que tem aí. Eu não sei, pelo menos. Gostaria de ter tido uma explicação mais transparente do campeonato, dos fornecedores da bateria e é algo que eu ainda estou cobrando deles e não vou deixar de cobrar até ter essa resposta”, garantiu.

Por fim, o dono do carro #3 agradeceu por nada de pior ter acontecido e afirmou que, caso a fornecedora de baterias não apresente respostas e uma solução, é “questão de tempo” para que o episódio se repita.

“Graças a Deus não aconteceu durante a corrida. Queria saber, se eu tivesse a 200 km/h e tivesse acontecido aquilo, qual que seriam as consequências, sabe? Mas, enfim, graças a Deus aconteceu com o carro andando devagar, indo para o grid, e espero que não volte a acontecer com mais ninguém”, sublinhou Sette Câmara.

“O importante é a Williams Engineering realmente entender o que está por trás do problema, para que não aconteça, porque senão vai voltar a acontecer. É uma questão de tempo, né?”, finalizou.

O GRANDE PRÊMIO cobre o eP de São Paulo ‘in loco‘ e com grande equipe ao longo do fim de semana. Nesta sexta-feira, 15 de março, o primeiro treino livre está marcado para as 16h15 (de Brasília, GMT-3). O GP é emissora oficial da Fórmula E no Brasil e transmite todas as atividades de pista AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube e no Kwai.

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