Sette Câmara critica ondulações da Cidade do Cabo e admite: “Tive bastante dificuldade”

Após conquistar o melhor resultado da NIO desde o eP de Berlim da temporada 2017/2018, com o quinto lugar no eP de Hyderabad, Sérgio Sette Câmara não conseguiu manter a crescente e terminou apenas em 12º na estreia da Fórmula E na Cidade do Cabo, no último sábado (25). O brasileiro admitiu que teve dificuldades com a adaptação à pista africana e citou as ondulações do asfalto como principal problema.

“Foi um fim de semana de corrida complicado para mim”, admitiu Sette Câmara. “Eu demorei para me acostumar com essa pista. Acho que na Índia eu dei um passo à frente na confiança com o carro, com os sistemas da Gen3, que são bem diferentes, mas a pista era quase um tapete. E aqui é muito imperfeita, cheia de ondulações”, reclamou.

“Isso acaba ‘estressando’ os sistemas, o carro reage de uma forma muito estranha quando eu estou freando, e eu não me acostumei com isso”, reconheceu. “Então, não me senti realmente em contato com o carro neste fim de semana, tive bastante dificuldade”, lamentou.

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A situação foi ainda mais frustrante para o brasileiro porque, assim como na Índia, a prova na África do Sul foi repleta de incidentes que encurtaram o grid. Após a retirada dos quatro carros com trem de força Mahindra por motivos de segurança, a saída de Sam Bird pelo acidente na classificação e os abandonos de Pascal Wehrlein, Edoardo Mortara, Maximilian Günther e Sacha Fenestraz, a corrida terminou com apenas 13 carros na pista.

Destacando a necessidade de “acelerar” o processo de adaptação ao carro da equipe chinesa, Sette Câmara pregou trabalho duro antes da próxima etapa, a estreia do eP de São Paulo. Com um mês pela frente, o brasileiro torce para que o asfalto do Anhembi não seja irregular como o da Cidade do Cabo.

“Vou estudar o máximo que eu puder para São Paulo, fazer alguns dias a mais de simulador na equipe, para acelerar esse processo de adaptação”, disse. “Espero que quando voltarmos a uma pista mais normal, que não tenha tantas ondulações, que eu volte a poder performar bem. Mas foi um final de semana em que não conseguimos extrair nenhum bom resultado, infelizmente”, avaliou.

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Por fim, Sette Câmara abordou a tão aguardada estreia do Brasil no calendário da Fórmula E, com a corrida prevista para o dia 25 de março — mas disse que tenta encarar a etapa paulista da mesma forma que as demais do campeonato. Ainda assim, Sérgio admitiu que a proximidade com o país natal traz algumas diferenças naturais para o fim de semana.

“Com certeza, é diferente. É a primeira corrida em casa que eu vou ter depois de tantos anos correndo, eu nunca tive uma corrida em casa”, ressaltou. “Mas eu não sei como vai ser, e tento abordar da mesma forma que eu abordo outras etapas. Eu sempre me preparo o melhor que eu posso, sempre dou meu máximo, não tem motivo para fazer diferente”, afirmou.

“Acho que até tem um nível de dificuldade a mais, por ter uma demanda maior de imprensa, amigos, família. Vou ter de dividir melhor a minha atenção, sem comprometer meu foco na pista”, encerrou.

A próxima etapa da Fórmula E será o histórico eP de São Paulo, primeira corrida da categoria no Brasil desde sua fundação, programada para acontecer no dia 25 de março. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO, diretamente do Anhembi, com transmissão de treinos livres, classificação e corrida com imagens em nosso canal do YouTube.

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