Larson diz que “cérebro não está acostumado com algo tão rápido” após teste da Indy 500

Kyle Larson admitiu certa surpresa por alcançar segundo tempo no dia 1 de testes abertos para as 500 Milhas de Indianápolis, realizado na última quarta-feira (10). O campeão da Nascar em 2021 fez 39s755 ainda na parte da manhã da sessão, 0s421 atrás de Josef Newgarden, feito que o surpreendeu o piloto da McLaren por achar que não estaria adaptado às velocidades da Indy.

Em outubro do ano passado, Larson teve sua primeira experiência com o Indy em Indianápolis, quando realizou o Rookie Orientation Program [Programa de Orientação aos Novatos, em tradução literal]. No entanto, a atividade desta quarta foi a primeira que ele treinou com tráfego na pista, o que muda totalmente os parâmetros em decorrência da turbulência, que tende a jogar o carro em direção ao muro e aumenta o desgaste do pneu de quem vem atrás.

Outro ponto é que a velocidade da Indy supera a Nascar em mais de 60 km/h, se compararmos a última vez em que a categoria norte-americana esteve no oval de Indianapólis, em 2019. Naquela ocasião, Kevin Harvick alcançou 298,961 km/h de média na volta da pole, enquanto Larson registrou 364,329 km/h na quarta-feira.

“Quando saí com o carro, pensei ‘cara, se errar aqui, tudo estará muito rápido’. É estranho, pois meu cérebro não estava acostumado para andar tão veloz logo pela manhã. Foi maluco e selvagem, mas me adaptei. Consegui estar perto dos outros, fazer o julgamento de velocidade e distância”, disse Larson à plataforma de streaming Peacock.

“Às vezes, parecia que estavam longe e muito rápidos, mas me aproximava e percebia estar na mesma velocidade. Não pareciam tão veloz quando os ultrapassava”, completou.

Apesar das diferenças que as categorias possuem, a começar pela velocidade e também o visual, Larson encontrou algumas similaridades entre elas e que isso foi fundamental na rápida adaptação que o piloto vem tendo à Indy.

“No geral, claro que tem diferenças, mas vi semelhanças entre o carro da Nascar e da Indy, honestamente. Isso abriu meus olhos para diferentes maneiras de observar, sobre como fazer algumas abordagens e tem sido bom. Ainda há muito o que aprender, ainda não ralamos o muro, então tem sido divertido”, revelou.

Com o cancelamento do segundo dia de testes abertos para a Indy 500, marcado para quinta-feira (11), Larson teve encurtada a sua programação visando a corrida — agora, ele só retorna à categoria no dia 14 de maio, quando começam os treinos para a prova. Todavia, o norte-americano terminou satisfeito por ter avaliado condições inéditas que enfrentou com o carro da Indy.

“Pegamos um pouco de tráfego, sentindo o ar sujo, a turbulência e tudo isso. A primeira vez que estive no fluxo, os pneus continuaram com boa aderência, fiquei surpreso por não me sentir diferença”, pontuou.

“Trabalhei os pneus para [o carro] estar dianteiro e Newgarden me ultrapassou e fiquei muito mais dianteiro atrás dele, então foi um aprendizado. É um processo, conhecer o que posso fazer e como lidar com tudo. Tivemos um momento que parecia uma corrida e vi que tudo é difícil. Agora é tentar algumas coisas, fazer notar mentais e ficar confortável”, finalizou.

A Indy tem o GP de Long Beach, no dia 21 de abril, no circuito de rua montado na Califórnia. A corrida tem cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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