Nem final épico altera percepção: Indy precisa repensar oval do Texas no calendário

Josef Newgarden venceu a prova do Texas no último domingo após deixar Scott McLaughlin para trás na última curva. Mas a volta de emoção na pista pode não bastar para renovação de contrato

O’WARD DEVE ESQUECER FÓRMULA 1 E PENSAR NO TÍTULO DA INDY

O GP do Texas de 2022 foi diferente dos últimos anos. Por mais que o neozelandês Scott McLaughlin tenha liderado 186 das 248 voltas da prova, a categoria americana conseguiu resolver em parte o problema causado pelo PJ1, resina aplicada no asfalto que é utilizada para dar mais aderência aos carros da Nascar, mas que acaba atrapalhando os carros da Indy e impedindo uma segunda linha de corrida nas curvas.

A prova deste ano teve muitas brigas por posição e boas ultrapassagens na pista, tanto que Josef Newgarden conseguiu passar McLaughlin, seu companheiro de equipe, por fora na última curva da última volta para vencer a corrida. Se duas linhas de traçado diferentes eram possíveis, Devlin DeFrancesco provou que três ainda é demais.

Tudo isso mostra que as soluções da Indy, como o aumento do downforce dos carros para essa edição e a sessão de treinos extra com sete pilotos dedicada a despejar borracha na pista, cumpriram seu propósito. 

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Mas o aumento da ação na pista talvez não seja o suficiente para salvar o GP do Texas. Este foi o último ano de contrato do circuito e, por mais que na pista as coisas parecem ter solução, a categoria parece ter desistido do evento.

As arquibancadas no Texas estavam completamente vazias. Algumas explicações para isso foram as finais dos torneios de basquete universitário, o GP do Bahrein de Fórmula 1, que terminou no horário em que a corrida começava, e até mesmo as igrejas, que costumam ter seus cultos pela manhã, horário marcado para a corrida.

GP do Texas de 2022 teve bastante ação na pista (Foto: Indycar)

A falta de público não é nada boa para qualquer categoria, e a Indy não pode se dar ao luxo de ir para locais em que as pessoas não sejam atraídas para o evento. Mas parece faltar esforço dos organizadores também. Em comparação com o GP de Iowa, que neste ano terá quatro shows de música country para atrair o público e criar de fato um evento na cidade, os chefes do campeonato de Indianápolis não mostra o mesmo empenho em Dallas.

Restam agora duas opções para a categoria após uma resposta positiva nas pistas e negativa nas arquibancadas. Ou a Indy desiste do produto depois de 26 temporadas e procura um novo oval, ou vai em busca de um novo contrato, sabendo que precisa ajudar na divulgação da corrida e continuar aplicando as medidas necessárias para evitar os danos do PJ1. A sensação é que a primeira opção leva vantagem.

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