Will Power reencontrou o caminho das vitórias neste domingo (1) no GP de Portland da Indy. O australiano foi, de longe, o mais rápido da Chevrolet no final de semana todo, mas foi parar na ponta da corrida quando a Ganassi deixou Scott Dixon na mão. O neozelandês, que liderava, perdeu três voltas com problemas e deixou a briga pelo título.
A segunda colocação ficou com Felix Rosenqvist, que fez mais uma apresentação extremamente competente em circuitos mistos. Completando o pódio apareceu Alexander Rossi, em um resultado que seria muito bom mais cedo no campeonato, mas que não é dos mais perfeitos com apenas uma prova para o final do campeonato. De toda forma, o americano reassumiu a vice-liderança.
Colton Herta brigou do jeito que deu, mas teve um desgaste dos pneus maior que o dos rivais e teve de se contentar com a quarta posição, sem atacar muito o quase companheiro Rossi. Muito mais cauteloso que o normal, Josef Newgarden fugiu de qualquer tipo de confusão, evitou todo e qualquer enrosco e salvou um quinto lugar que o deixou com a mão na taça.
Spencer Pigot voltou a mostrar do que é feito e, em prova extremamente arrojada, chegou na sexta colocação. Quem decepcionou mais uma vez foi Simon Pagenaud, completamente apático em sétimo e agora mais longe de Newgarden e da briga pelo bicampeonato.
Matheus Leist teve uma grandiosa atuação e levou a Foyt a mais um top-10, em oitavo, com direito a ultrapassagens em cima de Sébastien Bourdais e Charlie Kimball nas voltas finais. Os dois completaram o grupo dos dez primeiros. Tony Kanaan, em estratégia de paradas estranha, foi 12º. Resta apenas o GP de Laguna Seca, com pontuação dobrada e três homens atrás da taça.
Will Power venceu em Portland (Foto: Indycar)
Saiba como foi o GP de Portland
A largada foi dada no misto de Oregon às 16h41, mas a bandeira verde durou pouquíssimos, coisa de metros. Colton Herta segurou a liderança, com Will Power saindo muito mal e perdendo terreno para Scott Dixon e Jack Harvey.
Felix Rosenqvist fez um movimento estranho por fora da chicane e quase bateu em Harvey, mas recolheu a tempo e desceu para sétimo, atrás de Ryan Hunter-Reay e Alexander Rossi. Mas foi atrás deles a confusão gigante.
Graham Rahal errou feio, acelerou mais do que podia e deu em Zach Veach. Era o começo de um big-one, com James Hinchcliffe, Conor Daly e Spencer Pigot também sendo atingidos. Takuma Sato parecia ter escapado, mas acertou um isopor, ficou meio estranho e foi aos boxes, também perdendo voltas.
De todos os envolvidos no strike de Rahal, apenas Pigot conseguiu voltar sem perder voltas e sem danos aparentes. O americano ainda ficou na frente de Josef Newgarden e Simon Pagenaud, que precisaram escapar da confusão por uma área de escape bem lenta com outros vários carros.
A bandeira amarela, com aquilo tudo de carro, foi gigantesca, durando até a volta 12. A ordem tinha Herta, Dixon, Harvey, Power, Hunter-Reay, Rossi, Rosenqvist, Kanaan, Kimball e Andretti, com diversos carros indo aos boxes aproveitando para antecipar a primeira janela.
Veio a relargada e Herta conseguiu se defender bem de Dixon, enquanto Power passou por cima de Harvey para retomar o terceiro lugar. Mas veio mais um enrosco logo depois.
Rossi colocou do lado de Hunter-Reay, que tentou se defender a qualquer custo, perdeu o ponto de frenagem e deu em cheio em Harvey. Fim de prova para ambos, com o inglês da Meyer Shank ficando muito bravo e aplaudindo ironicamente o rival. Amarela, é claro.
Apenas 16 pilotos seguiam na mesma volta na relargada da volta 17. Herta se defendeu bem novamente, enquanto Dixon foi atacado por Power e Rossi por Rosenqvist, todos mantendo posição. Andretti superou Kanaan e entrou no top-6, com Newgarden extremamente cauteloso em nono, vendo Leist passar Pagenaud e virar décimo.
Com bom ritmo e manobras bem certeiras, Newgarden ia limpando o caminho, se colocando em sétimo após superar Kanaan e Kimball. Pigot vinha bem também e entrava no top-10, enquanto Pagenaud despencava para 13º atrás de um Kimball que brincava de rali.
A corrida finalmente ficava mais tranquila, sem enroscos, mas com Dixon bem em cima de Herta, ainda pressionando. Rosenqvist seguia na cola de Rossi, enquanto Newgarden batia roda com Andretti. O piloto da Penske, evitando acidente, tirou o pé e fez Pigot colar. Assim, Spencer usou o giro seguinte no ponto de ultrapassagem mais tranquilo da pista para tirar Newgarden do sétimo lugar.
Pigot estava muito rápido e também limpou Andretti da frente, assumindo a sexta colocação. Kanaan deixou o top-10, mas foi para ir aos boxes na volta 31, retornando em 15º, na frente de um Ferrucci que também parou.
Herta continuava segurando Dixon ali na volta 36 e o que se via era uma briga excelente com nada menos que cinco carros colados. Power, Rossi e Rosenqvist entravam bem para o bolo da briga da ponta, enquanto Pigot cortava a distância para os cinco para 6s. Newgarden passava Andretti e ia para sétimo.
Quando Dixon finalmente passou Herta, todo mundo passou junto. Power, Rossi – batendo rodas, é verdade – e Rosenqvist tiraram o novato da frente, que foi aos boxes colocar um jogo de macios na volta 41. Newgarden já ia para quinto, com Pigot também nos boxes.
Bourdais foi o último a parar e a ordem da corrida era reestabelecida na volta 45 com Dixon 3s0 na frente de Power. Rosenqvist ganhou o terceiro lugar de Rossi nos boxes, que já era seguido pelo rival Newgarden. Ferrucci, já com quase 20 voltas de pneu usado, era sexto, com Herta, Andretti, Pagenaud e Kanaan no top-10.
A volta 52 viu cair mais um candidato ao título. Dixon, que liderava a corrida e tinha tudo para vencer, foi aos boxes extremamente lento. Era algo mecânico, a Ganassi tentou mexer nos boxes, mas eram três voltas de atraso e 17º lugar. Uma reação e chegar vivo em Laguna Seca era algo improvável.
A prova chegava na volta 60 com Rosenqvist buscando achar espaços para perseguir Power, mas não conseguia mais cortar para menos de 1s a distância. Rossi vinha numa ilha em terceiro, assim como Newgarden em quarto e Herta em quinto. Andretti segurava Pagenaud, Pigot e Kimball e Kanaan caía para 14º ao parar de novo.
Novamente crescendo de ritmo na metade final do stint, Pigot passou Pagenaud e assumiu o sétimo lugar. Giros depois, Herta cresceu de ritmo e apertou Newgarden, que não ofereceu a menor resistência e cedeu a quarta colocação. Pigot seguiu forte e passou também Andretti, mas tinha 13s para Newgarden.
Herta tinha colado em Rossi, mas foi dos líderes quem antecipou a parada na volta 73, com Power indo no giro seguinte acompanhado de Rossi, Newgarden, Pigot e Andretti. Só Rosenqvist passou reto, mas fez sua parada na volta 75. Com novamente Bourdais, Ferrucci e Leist alongando stint, Power já liderava com 3s5 para Rosenqvist e Rossi e Herta, mais uma vez, andavam juntos.
Quando todo mundo parou, com 30 voltas pela frente, Andretti saía da briga e aparecia nos boxes trocando o bico do carro após tocar em Pagenaud e voltando em 14º. Ótima chance perdida pelo americano. Power, Rosenqvist, Rossi, Herta, Newgarden, Pigot, Pagenaud, Bourdais, Kimball e Kanaan formavam o top-10, com Leist em 11º.
Enquanto Rosenqvist tentava se aproximar do líder Power e Herta ficava mais tranquilo sem atacar muito Rossi, Kanaan fazia a última parada fora da janela e recuava para 13º, com Leist entrando no top-10, mas sendo ameaçado por Ferrucci.
E foi justamente Ferrucci quem tentou animar a corrida já nos últimos giros. O americano quebrou e, quando deveria recolher para os boxes, seguiu na pista e parou ali no meio da reta. Bandeira amarela que juntou todo mundo e ameaçou a vitória de Power.
O australiano, no entanto, disparou assim que veio a verde e pouco mudou a ordem da frente, com Herta respeitando Rossi e Newgarden evitando qualquer briga. Destaque para Leist, que passou ao mesmo tempo Bourdais e Kimball e virou oitavo.
Indy 2019, GP de Portland, Final:
1 |
W POWER |
Penske Chevrolet |
1:58:43.004 |
105 voltas |
2 |
F ROSENQVIST |
Ganassi Honda |
+2.789 |
|
3 |
A ROSSI |
Andretti Honda |
+4.584 |
|
4 |
C HERTA |
Harding Honda |
+5.228 |
|
5 |
J NEWGARDEN |
Penske Chevrolet |
+5.854 |
|
6 |
S PIGOT |
Carpenter Chevrolet |
+6.748 |
|
7 |
S PAGENAUD |
Penske Chevrolet |
+7.942 |
|
8 |
M LEIST |
Foyt Chevrolet |
+8.190 |
|
9 |
S BOURDAIS |
Dale Coyne Honda |
+9.596 |
|
10 |
C KIMBALL |
Carlin Chevrolet |
+10.167 |
|
11 |
M CHILTON |
Carlin Chevrolet |
+1 volta |
|
12 |
T KANAAN |
Foyt Chevrolet |
+1 volta |
|
13 |
M ANDRETTI |
Andretti Honda |
+1 volta |
|
14 |
E JONES |
Carpenter Chevrolet |
+1 volta |
|
15 |
T SATO |
RLL Honda |
+2 voltas |
|
16 |
S DIXON |
Ganassi Honda |
+3 voltas |
|
17 |
S FERRUCCI |
Dale Coyne Honda |
+9 voltas |
NC |
18 |
R HUNTER-REAY |
Andretti Honda |
+24 voltas |
NC |
19 |
J HARVEY |
Meyer Shank Honda |
+92 voltas |
NC |
20 |
J HINCHCLIFFE |
SPM Honda |
+105 voltas |
NC |
21 |
C DALY |
SPM Honda |
+105 voltas |
NC |
22 |
Z VEACH |
Andretti Honda |
+105 voltas |
NC |
23 |
G RAHAL |
RLL Honda |
+105 voltas |
NC |
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