Power consolida regularidade em Detroit e finalmente volta a brigar por título

Will Power volta a ser candidato ao título na Indy, e com bastante merecimento. Australiano se esquiva de irregularidade e azar para se consolidar em Detroit

O QUE ESPERAR DE ROSSI NA MCLAREN E KIRKWOOD NA ANDRETTI NA INDY 2023?

O ano é 2018 e a Indy acaba de deixar a mesma Detroit na qual correu neste domingo (5). Naquele estágio, Will Power era a estrela do momento, tinha acabado de “varrer” o mês de maio com vitórias no GP de Indianápolis e na Indy 500. Após um pódio na corrida 2 em Belle Isle, era o líder do campeonato com 309 pontos, 5 a mais do que Scott Dixon. Este foi o último momento em que o australiano pareceu um real candidato ao título da categoria.

Após aquela rodada em Detroit, tudo começou a correr de forma errada para Will. Nas corridas seguintes, teve um acidente com Zachary Claman de Melo no Texas e uma quebra em Road America. Não permaneceu naquela briga que teve Scott Dixon campeão. Depois disso, não só uma queda de desempenho do australiano, mas muitos azares que tiraram qualquer chance de Power brigar por título.

Quem não se lembra de quando o motor da Penske #12 apagou nos boxes quando liderava em Austin, em 2019? Ou de quando caminhava para uma vitória na mesma Detroit, em 2021, e viu um problema de refrigeração acabar com suas chances a voltas do fim? Mesmo caindo, muita coisa colaborou para Power perder o status de protagonista que teve na última década.

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Will Power comemora vitória em Detroit (Foto: Penske)

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Em 2022, parece que nada disso acontece. O australiano demonstrou bastante regularidade antes da Indy 500, escapando de tudo de ruim que poderia acontecer. Em Indianápolis, as coisas não foram como esperado, mas em Detroit (a mesma do trauma de 2021), tudo se acertou. Apesar de um 16º lugar no grid, completamente atípico para um dos grandes leões de classificação do esporte a motor, Power fez a estratégia valer no Michigan. Sabia que os pneus macios não duravam nas ruas onduladas, e apostou em compostos duros. O 16º virou 1º, e não saiu mesmo com a pressão de Alexander Rossi no fim.

Power é símbolo da Penske, mas os últimos anos foram de coadjuvante ao australiano, vendo Simon Pagenaud triunfar na Indy 500 e Josef Newgarden levantar a Astor Cup. Muito se questionou se ainda pertencia ao principal time do grid, mas as performances de 2022 indicam que sim, e o australiano ainda tem lenha para queimar guiando o #12.

“Eu só pilotei o mais reto possível, estava muito escorregadio, então fui muito gentil com os freios e na hora de acelerar. Eu sabia que se conseguisse abrir uma vantagem razoável no final nós estaríamos bem. Mas eu estava preocupado porque vi o quão rápido eles acabavam, mas tinha muito mais borracha na pista no final”, contou Power após a corrida.

Will Power retomou liderança da Indy (Foto: Indycar)

É difícil de saber se a liderança de Will vai durar, são apenas 3 pontos de vantagem para Ericsson, mas é fato que o australiano volta ao posto de protagonista que não deveria ter saído nos últimos anos. É um dos grandes da categoria e faz por merecer o primeiro lugar em 2022.

É também na base do renascimento que Alexander Rossi conquistou um segundo lugar em Detroit. No mesmo fim de semana em que toma a grande decisão de trocar a Andretti pela McLaren para 2023, tem um bom momento que há tempos não acontecia, e que com certeza é mais condizente com seu nível de pilotagem. Talvez a falta de pressão por já saber o futuro colabore para a evolução do californiano na temporada.

A Indy segue maratonando, e troca as ruas de Detroit pelas subidas e desafios de Road America. Ainda há tempo para muita gente tentar acordar, mas o tempo passa e a distância final vai se aproximar em algum momento.

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