Rins traduz bom desempenho da GSX-RR e faz brilhar olhos da Suzuki em 2022
Álex Rins parece ter dado passo importante em 2022. Ele deixou a inconstância de lado para conseguir resultados positivos para a Suzuki já no início do campeonato. É uma evolução importante para um piloto que quer esquecer os momentos complicados do ano passado
O início de temporada de Álex Rins em 2022 realmente surpreende. Primeiro, porque o piloto de Barcelona — pelo menos nas quatro das 21 etapas do calendário deste ano — deixou a irregularidade de lado, conquistou dois pódios e, até o momento, é o vice-líder do campeonato. E, segundo, porque a Suzuki parece ter aproveitado bem as férias e feito a lição de casa para tornar a GSX-RR mais competitiva.
A verdade é que Rins colecionou momentos complicados no ano passado. Em 2021, ele viveu a segunda pior campanha da carreira na MotoGP, melhor apenas do que o ano de estreia, em 2017. O espanhol somou apenas 99 pontos e ficou em 13º no campeonato, 179 pontos a menos que Fabio Quartararo, o campeão. Além disso, Álex somou 109 pontos a menos do que Joan Mir, o companheiro de equipe.
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O ano foi marcado por quedas: em Portimão, foi ao solo quando perseguia o líder Fabio Quartararo; na Espanha, escalava o pelotão, quando errou e terminou só em 20º; na França, forçou ao sair dos boxes com chuva; e, por fim, na Itália saiu da pista quando disputava um espaço no pódio. Depois, na Catalunha, o ponto mais baixo do ano.
O pai do pequeno Lucas sofreu um acidente bizarro enquanto treinava de bicicleta na pista de Montmeló, o que o forçou a ficar fora do GP da Catalunha. Após passar por cirurgia, ele confessou a jornalistas que o acidente foi causado pela distração de mandar mensagem ao mesmo tempo em que pedalava.
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“É muito estranho olhar para este ano, pois, de muitas maneiras, passou rápido, mas também foi uma temporada muito longa e complicada”, disse Rins. “Tem algumas coisas que eu gostaria de esquecer, como as quedas e, especialmente, a sequência de quatro abandonos que tive”, lamentou.
Em 2022, parece que uma chavinha virou. Isso porque Rins não só pontuou em todas as etapas e está a cinco tentos do líder Enea Bastianini, como também já chegou a dois importantes pódios — e há de se ressaltar que, durante todo o campeonato do ano passado, ele só alcançou o pódio uma vez, no GP da Grã-Bretanha, quando ficou em segundo lugar.
A Suzuki tem seu crédito por ter focado na construção de uma moto mais bem preparada para deixar nas mãos de Rins e Joan Mir, é verdade. Mas o piloto de 26 anos entende que o preparo mental é o maior responsável pela constância e boa fase.
“Sem dúvida estou mostrando minha melhor versão, estamos trabalhando muito com a equipe. Treinei muito na academia durante o inverno, mentalmente também. A constância é fruto desse trabalho”, finalizou ele.
Fato é que a combinação ‘Rins + GSX-RR’ parece dar muito certo em 2022. Falta pouco para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar nesta temporada — inclusive, muito competitiva e cheia de surpresas —, algo que não acontece desde o GP de Aragão de 2020.
O espanhol pode ter encontrado um caminho menos tortuoso após os muitos reveses no ano passado. O que é ótimo para a Suzuki, que quer repetir o feito de Joan Mir há quase dois anos, e para o próprio Rins, que quer coroar suas seis temporadas de classe rainha com um título.
A MotoGP volta às pistas no próximo dia 23 de abril, para o GP de Portugal, em Portimão. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da quinta etapa do Mundial de Motovelocidade 2022.
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